30 de mai. de 2011

Caldo verde

A Alê, uma amiga querida, me mandou essa foto aí e me lembrou de uma receita de caldo verde que há tempos não faço. A receita, aprovadíssima por ela, é muito boa mesmo, da categoria de sopas encorpadas, com sustância! Para essas noites geladas, nada melhor do que dormir com a barriga quentinha.
O que usar:
Para 4 pessoas bem servidas
- 800 g de batatas;
- 2 paios;
- couve picada (compro aquelas já picadinhas fininhas);
- 1 caldo de legumes;
- água;

Como fazer:
Descasque as batatas e coloque na panela de pressão. Cubra de água e junte o caldo de legumes e o paio já picado. Depois de uns 10 minutos na pressão, "pesque" o paio e bata a batata com o mixer. Daí é só juntar novamente o paio, colocar a couve e deixar mais um tempinho no fogo.

29 de mai. de 2011

Sopa de cebola

Aberta a temporada de caldos, cremes e sopas. E, em casa, uma das primeiras que aparecem quando o frio bate à porta é a sopa de cebola do marido. Especialidade dele, é deliciosa e simples de se fazer: para cada 3 cebolas, uma batata. Para finalizar, creme de leite, parmesão e pimenta do reino. Com certeza, a vida fica mais fácil com ela.

O que usar:
(Porção para 4 pessoas se esbaldarem.)
- 9 cebolas graúdas;
- 3 batatas médias;
- 1 colher de manteiga sem sal;
- 1 caixa de creme de leite;
- sal a gosto;

Como fazer:
Corte as cebolas em 4 e as coloque na panela de pressão com uma colher farta de manteiga. Antes de fechá-la, dê uma leve refogada até elas ficarem um pouco transparentes e soltarem água. Descasque as batatas e pique em pedaços pequenos. Junte as batatas com as cebolas, cubra de água, coloque sal e feche a panela de pressão. Deixe por 15 minutos. Com o mixer ou com o liquidificador, triture a mistura. Coloque tudo de volta na panela e, antes de servir, acrescente o creme de leite. No prato, coloque parmesão por cima ou, se quiser provar a dica da vó da cumadi Carol, despeje uma colher de vinho tinto sobre a sopa. Eu, que aprendi com meu avô baiano João - já anjo - a colocar umas gotinhas de vinagre no prato de feijão (isso mesmo), adorei a nova ideia.

27 de mai. de 2011

Pernil de cordeiro ao forno

Quando fui ao Lá da Vendana Vila Madalena, sabia onde estava pisando. O restaurante-venda da Vila Madalena, que vende prendas do Brasil todo e serve pratos de mãe saborosíssimos, é da chef Heloisa Bacellar, autora do super recomendado Cozinhando para Amigos, um livrão de capa xadrez e 350 páginas.

Entre as receitas, está esse pernil de cordeiro ao forno, que a Mari, a irmã prendada, degustou outro dia, sem pressa, na casa de amigos. Digo sem pressa porque esse sim é um prato de fim de semana, já que ele leva cerca de 6 horas para ficar pronto. Trabalhoso, é só confirmar na receita, ele não é. Com esse tempinho, quem é que precisa ter pressa?

Pernil de cordeiro Heloisa Bacellar
O que usar:
- 4 cenouras grandes;
- 4 cebolas;
- 2 talos de alho-poró sem as folhas;
- 2 talos de salsão;
- 12 dentes de alho inteiro sem casca;
- 2 pernis de cordeiro bem limpos com cerca de 1,2 kg cada;
- 10 ramos de tomilho;
- 4 ramos de alecrim;
- 2 folhas de louro;
- 2 garrafas de vinho branco seco;
- azeite de oliva;
- sal e pimenta-do-reino;

Como fazer:
1. Aqueça o forno a 220 graus (alto) por 15 minutos.
2. Regue com azeite o fundo de uma assadeira grande que acomode o pernil com folga e nela espalhe a cenoura, a cebola, o alho-poró, o salsão e o alho.
3. Coloque o pernil sobre os legumes e leve ao forno por 10 minutos.
4. Em seguida, polvilhe o pernil de todos os lados com sal e pimenta, junte as folhinhas de tomilho e de alecrim e o louro, regue com mais azeite e leve ao forno por mais 15 minutos.
5. Vire o pernil, mexa os legumes, regue com todo o vinho e cubra com papel-alumínio. Abaixe a temperatura para 160 graus (médio-baixo) e leve ao forno por mais umas 4 ou 5 horas, regando a cada 30 minutos com o caldo da assadeira ou com um pouco de água, até que o pernil esteja com a carne muito macia, se desmanchando e se soltando do osso.
6. Descarte o papel alumínio, aumente a temperatura para 220 graus (alto) e deixe dourar por 30 minutos, transfira os pernil para travessa de servir e cuide do molho.
7. Com uma concha, descarte o excesso de gordura da assadeira, junte 1 xícara de água e mexa com uma colher de pau para soltar o que estiver colado no fundo (como é tudo isso que faz um molho saboroso, só deixe de lado se estiver preto e queimado, pois amarga).
8. Passe o molho por uma peneira, pressionando bem, e deixe cair numa panelinha (se der, leve à geladeira por algumas horas para esperar a gordura subir, firmar e ficar mais fácil de descartar e ou desengordura colocando 2 ou 3 folhas de papel absorvente na superfície e deixando absorver).
9. Aqueça o molho, deixe ferver, acerte o sal e a pimenta, ajuste a acidez com açúcar.
10. Despeje o molho sobre a carne e, enfim, se delicie.

25 de mai. de 2011

Outono

Aos 32 anos, descobri do que eu gosto. Eu gosto de outono, daquele céu azul turquesa, de tomar sol com roupa de frio, de ficar com a bochecha queimada do vento (o blush mais lindo de todos), de tomar sopa à noite e, quem sabe, algumas taças de vinho. Deve ser porque esse tempo me remete às temporadas no sítio, às batatas assadas na lareira, ao cheiro da lenha queimando, às galochas que usava para caminhar pelo pasto, a grama gelada do amanhecer, ao pomar e a espiga de milho, que alimentava os cavalos e galinhas. É, também gosto muito da nostalgia que o outono me traz.
* Estou só esperando alguma irmã me dedar e dizer que, num desses dias, eu também comi espiga de milho, crua! Na fotos, as três Gallos mais velhas: eu, Gabi e Mari. E, acima, eu de galocha vermelha com as irmãs e a prima Fê (confere?).

24 de mai. de 2011

Penne Você é quem brilha!

Não sei há quanto tempo aprendi a fazer este macarrão, mas lembro que era uma época boa, quando eu passava tardes e tardes na casa de mami sem grandes preocupações. E foi em uma zapeada na TV que esta receita me chamou atenção. O slogan do programa era algo parecido como: Hoje você é quem brilha. Bom, mais detalhes eu não sei, mas que a receita faz sucesso até hoje, isso faz.

O que usar:
- 1 linguiça calabresa;
- 5 tomates maduros;
- azeitonas pretas;
- rúcula;

Como fazer:
Corte a linguiça calabresa e a frite em uma panela com um pouco de azeite. Depois junte os tomates picados e as azeitonas pretas. Quando o molho já estiver encorpado, por fim, junte as folhas inteiras da rúcula. Só espere ela murchar e sirva imediatamente.

* A Flá matou a charada! A receita é do chef Allan, da Gazeta e deve ter uns... 13 anos, no mínimo!

23 de mai. de 2011

Buraco quente

O buraco quente anda me rodeando. Esse fim de semana, passeando no zoológico com a família, vi um grupo fazendo piquenique na grama com... buraco quente! Um empurrava o miolo de pão enquanto o outro enchia a colher de carne para recheá-lo. Esses dias também aprendi com a Ângela que sloppy joes nada mais é do que o buraco quente gringo.

Para quem não sabe, buraco quente é um pão francês recheado com carne com molho. Coisa mais banal, mas deliciosa. Comi a primeira vez na minha adolescência, em uma viagem da escola para Ubatuba. (Valeu, dona Alzira!). No meu último aniversário, fiz uma festa de boteco e, entre outras comidinhas deliciosas, lá estava ele. O pulo do gato da receita foi a pimenta chili e a noz moscada, que deram um up ao hot hole, se é que vocês me entendem...

Buraco-quente | Hot-hole
O que usar:
- 3 kg de carne moída (patinho);
- 3 col. de café de chili;
- 3 pimentas dedo de moça (sem sementes);
- azeitonas verdes picadas sem caroço (1 pote);
- 4 cebolas picadas;
- 1 cabeça de alho;
- molho inglês;
- noz moscada;
- 2 folhas de louro;
- 8 tomates grandes;
- 1 lata de molho de tomate;
- 1 lata de extrato de tomate;
- óleo;
- sal;
- pimenta do reino;
- parmesão para finalizar;

Como fazer:
Buraco quente de batelada, para cerca de 60 pessoas. Para fazer, refogue o alho no óleo e acrescentre a cebola picada. Quando ela amolecer, junte a carne e mexa até ela ficar frita e soltinha. Junte o tomate picado, as azeitonas, a pimenta dedo de moça, a folha de louro e tempere com os outros ingredientes: molho inglês, sal, pimenta do reino, chili, noz moscada... Por último, o extrato e o molho de tomate. Na hora de montar corte o pão, empurre o miolo (não o retire porque ele ajuda a não "vazar" molho por baixo do pão), coloque a carne e finalize com parmesão. Na festa, eu comprei mini-baguete e foi ótimo, já que todos os lanches ficaram com uma pontinha durinha na bundinha (se é que vocês me entendem).

De preferência, faça a receite de véspera, para a carne ficar curtida. Se precisar, acrescente mais molho de tomate. Eu não gosto quando a carne fica solta (e pula do pão), por isso, deixamos a carne com consistência de... "reboco de igreja velha", como definiu o marido. Já disse que sou casada com um arquiteto?
É comida de dia a dia, mas pode vir com roupa de festa no fim de semana! Em breve, coloco aqui as outras comidinhas de boteco da festança.

19 de mai. de 2011

Tchuptchura

De onde veio essa minha mania de chamar as pessoas, normalmente as mais novas que eu, de querida, lindinha, amor, flor, tchuptchura... Que cafona! Depois de velha, virei meiga.

18 de mai. de 2011

Clássico Cerqueira

Não sou boa de matemática, mas tenho quase certeza que 1/4 de mim é Cerqueira. E esse 1/4 se demonstra praticamente de uma única forma: paixão por porpetas. Este é o prato clássico lá de casa há gerações. Para mim, nunca houve almôndega, mas porpetas. E, quer saber, as porpetas lá de casa dão de 10 nas primas almôndegas que já encontrei por aí. Mami que, por sinal, tem zero de sangue Cerqueira, faz porpetas como ninguém e eu decidi em um domingo destes ver qual é desta receita. Maridón já havia tentado, em vão. Deixou as danadas muito tempo no molho e com a panela tampada. Resultado: um molho à bolonhesa - de salame. Sim, as porpetas Cerqueira que começaram com minha tataravó Carmela, passaram pela bisa Mariana e pela vó Carmela (eita criatividade), todas anjos há tempos, são feitas de salame. Para mim, isso é mais do que comfort food, é um colo. Eis a receita.

O que usar:
- 3 pãezinhos amanhecidos;
- leite;
- 1 gema;
- 1 xícara de queijo ralado;
- 1 xícara de salsinha;
- azeitonas verdes;
- 1 salame;
- farinha de trigo;
Como fazer:
Tire a casca do pão e faça dele uma massa com a gema e um pouco de leite. No liquidificador ou no processador, com muita paciência, triture o salame. Em uma tigela junte o salame, a massa de pão, as azeitonas, o queijo, a salsinha e ponha as mãos na massa e faça disso tudo uma mistura uniforme. Eis as porpetas. Faça bolinhas da massa e polvilhe cada uma com farinha de trigo. Após fritá-las, com todo o cuidado para elas não desmancharem, as coloque no molho por cerca de 40 minutos. Com a tampa aberta, para não repetir o mesmo erro do maridón. Ah, resta falar que com esta mistura mega light as porpetas são bem pesadas. Apesar de deliciosas, é quase impossível comer duas inteiras. Mas você pode tentar.

17 de mai. de 2011

Carlota

Se você estiver de turista em São Paulo e me perguntar: qual restaurante entre os milhares de São Paulo eu devo ir? Não vou titubear: ao Carlota. Mas o Carlota foi inaugurado na década de 90! Mas, querido, continua cheio, continua agradabilíssimo, com os muitos objetos de sua dona, Carla Pernambuco, angariados pelo mundo afora. É chapéu filipino-vietnamita-chinês para cá, panelinhas e colher de pau pra lá, cacareco para todos os lados, preenchendo as paredes e contando histórias. 
Mas o que eu mais gosto do Carlota é que ele não é um restaurante novidadeiro, aqueles com pratos modernex. Lá você não vai encontrar pratos como tucunaré ao molho de cupuaçu, chips de cajá e espuma de amendoim... O cardápio é criativo, sempre renovado, mas brasileiro na medida certa. E as estrelas principais do menu continuam lá. Camarões crocantes com risoto de parma eu comi há anos e semana passada também, sinto informar.
Não é só turista que precisa ir ao Carlota, paulistas também. Duas cumadres Made in Sampa não conheciam o restaurante e se apaixonaram por ele - e também pelos camarões. De entrada, fomos de rolinhos de berinjela com queijo de cabra. E, de prato principal, a Fê foi de linguado com fettuccine de pupunha. E o restante da mesa, eu, Ly e mini-Julita, de camarões crocantes - Oh yeah!
Daí você pensa que restaurante famoso serve porções de passar fome. Mas dá uma olhada no tamanho dos camarões e na quantidade de risoto. Ja aviso, se você se perder entre o couvert e a entrada, vai se arrepender. Na sobremesa também tem clássico Carlota: soufflê de goiabada com catupiry e pettit gateau de doce de leite. O pudim de fruta do conde, que há alguns anos morava no cardápio, se mudou. Mas quem sabe um dia ele volte. Como dizem, o bom filho...
* Se, por ora, não vai dar para fazer a visita fisica ao restaurante (o preço dos pratos principais custam cerca de R$ 50), dá para fazer uma bela visita virtual. O site do Carlota é uma delícia de navegar e lá você também conhece a mais nova casa da chef, a Gourmet Garage Las Chicas.

13 de mai. de 2011

Tre Bicchieri

O Tre Bicchieri tem o selo Fasano de qualidade, mas não faz parte do grupo. É que seus três sócios - ou suas três taças -, depois de trabalharem como gerente, chef e sommelier de casas do grupo, decidiram unir suas experiências em um vôo solo, no Itaim. Com paredes terracota com louças da Toscana, uma adega envidraçada para o salão e ambiente aconchegante, o Tre Bicchieri serve pratos clássicos italianos e, desde sua inauguração, tem angariado aplausos da crítica.
O atendimento é impecável, do tipo garçom-fantasma. No que você vê, sua taça está cheia, sem você notar. Para mim, é o melhor tipo de atendimento, sem bajulação. O serviço, o currículo e o know-how dos proprietários talvez explique porque boa parte do PIB paulistano estacionam seus carrões na porta do restaurante. Na foto, a entrada mais exótica, carpaccio de polvo, aprovado pela Gabi.
Mas, apesar dos empresários famosos, dos seguranças em vigília, os preços do restaurantes não são abusivos. Entradas custam cerca de R$ 25 e pratos, R$ 50. O marido foi de rigatoni com lascas de bacalhau, alcaparras e brócolis e estava divino.
Todos os pratos fizeram sucesso, como o papardelle com ragú de coelho e pimenta verde, pedido pelo meu pai. A única decepção foi o meu prato, spaguetti ao vôngole com lula e pimenta. Não vi lula, não senti a pimenta e achei o vôngole com "areia" demais e insosso. Já comi melhores, com certeza.
Todas as sobremesas também estavam ótimas, como essa massa folhada e o petit gateau de laranja, meu pedido, que me fez esquecer da frustração do prato principal.
O Tre Bicchieri, no entanto, não é nada child friendly. Apesar do garçom ter sido ultra atencioso, ter pedido especialmente para a Lorena uma polentinha deliciosa - e trazido o prato muito rapidamente -, não há nenhum cadeirão disponível. Como sou uma mãe esperta, levei a cadeirinha portátil de mesa, o que me salvou. No domingo em que estive no restaurante, havia mais um bebê, no carrinho, e alguns teens comportados brincando com seus joguinhos eletrônicos portáteis enquanto seus pais almoçavam. É um restaurante adulto.

No andar de cima do sobrado, no hall que leva aos banheiros, caixas de vinho servem de caxepôs. Idéia linda e simples. Para completar a decoração, muitos quadros, um espelhão e um lustre rococó. Bom gosto também é o forte do restaurante.

* O Tre Bicchieri fica na Rua General Mena Barreto, 765, bem próximo ao cruzamento da Brigadeiro Luis Antônio e Santo Amaro.

12 de mai. de 2011

Artista mirim

Você percebe que é uma mãe babona quando sua filha faz um pose qualquer, paralisa o movimento, e diz: Foto, mamãe!

11 de mai. de 2011

Salmão com camarões e caju

O CantaGallo ainda é um blog recém-nascido, com menos de dois meses de vida, mas já deu para perceber o nível das receitas que eu preparo e o nível de sofisticação da minha irmã prendada, Mari, certo? Pois eis mais uma receita de revista feita por ela, esse salmão com camarões e caju. Na receita original, publicada na Casa & Comida de dezembro/janeiro, o prato foi feito com pescada branca. A Mari fez algumas alterações, mas o resultado deve ter sido o mesmo: fantástico!

O que usar:
Para 6 pessoas
- 1,5 kg de salmão;
- 1 kg de camarão GG;
- 6 cajus
- alcaparras;
-2 tomates;
- azeite;
- manteiga;
- 2 limões;
- 2 dentes de alho;
- sal e pimenta do reino a gosto;
- caldo de camarão;

Como fazer:
Faça uma marinada com o limão, alho, sal e pimenta, e cubra o salmão por, no mínimo, 1 hora. Limpe os camarões e ferva durante 1 minuto no caldo também de camarão, escorra e separe-os.
Retire o salmão da marinada e coloque-o em um refratário sobre rodelas de tomate. Acrescente azeite, os cajus, cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido. Após 25 minutos retire o alumínio e deixe dourar por mais uns 20 minutos.
Enquanto isso, coloque um fio de azeite numa frigideira e frite os camarões rapidamente, temperando-os com sal, pimenta do reino e alcaparras. Quando o salmão estiver pronto, jogue os camarões por cima.
Sirva imediatamente acompanhado do molho de caju.

Molho de caju

Para acompanhar o salmão com caju e camarões, a Mari, a irmã prendada, fez uma calda da fruta para ser servida à parte. Meio de olho, meio na experiência, eis a receita.

O que usar:
- manteiga;
- cebola;
- alho;
- 1 dose de cachaça;
- suco de caju concentrado (400 ml);
- farinha de trigo;
- 1/2 xícara de leite;
- sal e pimenta do reino;

Como fazer:
Doure a cebola e o alho na manteiga. Coloque a cachaça e flambe. Acrescente o suco de caju e o leite com pouca farinha de trigo. Deixe ferver e espessar. Coloque sal e pimenta a gosto.

10 de mai. de 2011

Coletânea de Dicas Caseiras

Imagine reunir 245 dicas domésticas sem o auxílio da internet. Pois eu conheço quem tenha conseguido tal façanha. Foi em 1985 que Maria Aparecida Camargo de Campos escreveu a Coletânea de Dicas Caseiras para a Coordenadoria das Associações das Famílias de Rotarianos de Tatuí. O livro tem 50 páginas e traz conselhos para o dia-a-dia da dona de casa, dicas para tirar manchas, dicas sobre temperos e cuidados com as flores e as jóias. Uma coisa que me soa meio conselho da vovó... Depois de ler as 245 dicas a conclusão que eu chego é: como era difícil a vida antigamente! E como comia-se fritura!!! Mas vale ler as melhores, selecionadas aqui. E, quem sabe, testá-las.
1) Para que seu óleo de fritura não fique escuro: Frite algumas lascas de batatas, isto contribui para que ele fique limpo novamente.
2) Ao fazer frituras: Coloque um pouco de sal no fundo da frigideira, para a gordura não espirrar.
3) Se sua vassoura de piaçava está gasta: Vista uma meia de naylon na vassoura e limpe os carpetes e tapetes removendo sujeirinhas que ficam infiltradas sem levantar pó.
4) Para que as fatias de bacon não encolham: Fure-as com um garfo antes de levar ao fogo; e para ficarem macias e saborosas quando estiverem dourando pingue umas gotinhas de cachaça.
5) Para mudar o gosto das panquecas: E deixá-las mais saborosa, acrescente no liquidificador, junto com a massa, uma cebola e um pedaço de queijo.
6) Para que as baratas não visitem o seu armário: Distribua neles folhas de louro.
7) Para limpar mármores: Nada melhor do que esfregá-los com um saquinho de sal molhado.
8) Para deixar o sal sempre seco: Coloque uma bolacha salgada no fundo do recipiente em que você guarda o sal.
9) Um truque para deixar a madeira mais brilhante ainda: É espalhar um pouco de maizena nas superfícies enceradas para que absorva o excesso de cera. Depois, esfregue bem com uma flanela limpa e macia. Você vai ver como tudo fica mais bonito, sem nenhuma marca de dedos.
10) Para pegar cacos de vidro quebrado: Utilize uma bola de pão, feita com o miolo.

TOP 6 MAIS DIVERTIDAS:
1) Para as Violetas: Nada melhor do que regá-las com pílulas anticoncepcionais dissolvidas em água. (Cuidado com o desfalque na cartela!)
2) Para remover manchas amarelas de seus dentes; Amasse um morango e passe esta pasta na escova e escove os dentes. (Essa a dr. Mari não ensinou para nenhum paciente, aposto!)
3) Para limpar a prata: Dê um banho nas peças com a água em que foi cozido o espinafre ou então use nata do leite. (Alguém já ouviu falar em limpa-prata?)
4) Se o arroz pregar no fundo da panela: Pegue uma colherada desse mesmo arroz ainda quente e coloque-a em cima da pia, colocando em seguida a panela com o arroz que grudou em cima dessa colherada. Assim ele desgruará. (Olha aí o magnetismo do arroz!)
5) Para limpar panelas de tefal: Nada melhor do que jornal e pó de café usado. (Isso porque é para limpar...)
6) Para reavivar a alface murcha: Coloque-a dentro da geladeira, dentro de uma vasilha com água fria e limão. Antes de servir mergulhe-a depressa em água quente e fria, misturada com um pouco de vinagre de maçã. (Não queria ser mórbida, mas a impressão que eu tenho é que com seres humanos faz-se a mesma coisa)

* Post migrado do antigo-Frango com Banana, publicado em março de 2008. (!!)

9 de mai. de 2011

Cheb Cheb do Seu Júlio

Falei tanto de comida de mãe no final de semana e começo a semana com uma comida de pai. No caso, do pai do marido. O cheb cheb, invenção do meu sogro, é aquela comidinha diferente para o dia-a-dia, uma espécie de almôndega Kinder Ovo, com uma surpresinha dentro: a couve flor. Uma delícia. Sirva com arroz branco e bom cheb cheb procê.
Cheb Cheb do Seu Júlio
O que usar:
- 500 g carne moída;
- sopa de cebola instantânea;
- 3 pães;
- molho de tomate;
- 1 cebola;
- tomates;
- 1 couve-flor;

Como fazer:
Para começar a fazer o Cheb Cheb é preciso colocar a mão na massa e misturar a carne moída com miolo de pão e o pózinho da sopa de cebola. Mexa bastante para a mistura ficar uniforme. Em uma panela ferva a couve-flor com cuidado para ela não passar do ponto. Como ela ainda vai cozinhar com o molho, deixa-a tenra. Hora de começar a brincadeira. Corte os galhinhos da couve-flor e vá envolvendo cada um com a mistura da carne deixando sempre o cabinho para fora. Depois é só fazer um refogadinho com cebola, tomate e molho e colocar as bolinhas na panela. Estará pronto quando a carne estiver cozida.

8 de mai. de 2011

Um carinho e um cajuzinho

Tem comida que vale por um carinho, não é não? Nhoque, lasanha, polenta, purê de mandioquinha, arroz+feijão+bife acebolado, macarronada+bife rolê, bolo de cenoura, bolinho de chuva, arroz doce... A lista é extensa e muito particular. Nesse domingo, desejo a você um almoço recheado de carinho, do prato ao abraço. Para finalizar, um cajuzinho. Feliz Dia das Mães.

7 de mai. de 2011

Mãe é tudo igual

Uma coisa eu garanto: virar mãe é nunca mais sofrer de falta de assunto. Vale para a porta da escola, para a reunião chata, para o elevador e até para a mesa de boteco. É um assunto que rende tanto que a blogosfera, há algum tempo, foi contaminada por elas. Nesse fim de semana especial, um post antigo, que continua valendo a pena. Um serviço público para você, mãe enlouquecida, se sentir acolhida. Vem cá, senta nesse colo aqui. Eis meu top 5 blogues de mães.

1. Piscar de Olhos. A Roberta, com todo respeito, é uma palhaça, além de ser mãe do Noah. Para mim, ela foi a pessoa que melhor descreveu uma mãe recém-parida: Amy Winehouse de sutiã bege. Me identifico com ela porque ela é uma autêntica mãe-turma do fundão. O post que fala da terapia é de morrer de rir.
2. Mãe solteira recém-casada. A Nina é mãe e professora, mas podia ser escritora. Que delícia de texto. Para rir e para chorar. Eu amei o Matryoshka.
3. Os Trigêmeos. Ok, não é blogue de mãe, mas é de um pai, de trigêmeos! Depois de meses acompanhando a história dos tri descobri que o Octavio, pai dos tri, foi professor do meu marido na faculdade e que ele é, de fato, tão gente boa como me parece ser. No blog, ele fala de sua mudança de mala, mala, mala, mala, mala e cuia para o Canadá. Para entender como começou a história dos tri, leia esse post delicioso sobre Ceres, a deusa da abundância.
4. Pequeno Guia Prático Para Mães sem Prática. A Mariana gosta tanto de ser mãe que até pensa em virar barriga de aluguel. E, o melhor, o que se passa na minha cabeça nas minhas insônias, também passa na dela. Conclusão: eu sou normal.
5. Meu projetinho de vida. Não sei se é porque a Roberta é jornalista como eu, mas adoro saber que muitas dúvidas e questionamentos dela também são meus. Ela é mãe da Luísa e da Rafaela.

Ainda tem o blog lindo e famoso Para Francisco, da Paloma e da Cecília, da querida Mãerina, o Motherholic, o NY with Kids... Só sei de uma coisa: ler blogue de mãe é mais barato que terapia.

* Na foto, a filha mais linda, maravilhosa, gostosa, simpática, bochecha corada, sapeca, comilona, delícia: Lorena, Lolinha, Lola, Lolô, Loloca, Lóris, Pituquinha, Tutuca, amor da mamãe - e meu assunto preferido.

4 de mai. de 2011

A batata está assando!

Sou adepta de reunião sem frescuras, onde cada um se serve à vontade, come e repete quantas vezes quiser. O encontro, na verdade, é mais um motivo para jogar conversa fora e se divertir, mas, se tiver uma comidinha gostosa, melhor ainda, certo? Para variar o cachorro-quente, que adoro e sempre faço, outro dia resolvi fazer batatas assadas para a tchurma do escritório do marido. Já tinha feito batata assada, claro, mas o desafio foi fazer batatas assadas em "larga escala".
Calculei duas batatas por pessoa e foi até muito. Nas receitas que procurei, muitas falavam apenas para deixar a batata no forno até elas ficarem macias, virando-as de tempo em tempo. Mas quis encurtar o processo e fiz assim: lavei bem as cascas das batatas e as deixei em água fervendo por cerca de 15 minutos, só para ela dar uma leve cozinhada. Retirei da panela, coloquei as batatas na assadeira e as reguei com azeite, sal grosso e pimenta do reino, para a casca ficar saborosa (e ficou). Levei ao forno a assadeira por cerca de 25 minutos; virei as batatas e deixei por mais 25 minutos. Sempre espetando com o garfo para ver o ponto certo. Quando os convidados chegaram, elas já estavam assadas, com aquele cheirinho delícia e, na bancada da cozinha, estavam as opções de recheios.
Teve gente que preferiu cortar a batata, outros cavaram um buraco para colocar o recheio. Nas cumbucas havia requeijão, queijo cheddar e molho de tomate, para serem usados como base. E ainda azeitonas verdes, pretas, champignon, polenguinho picado e brócolis, que fez um super sucesso. Além do requeijão o que não pode faltar é o bacon picadinho (e "frito" no microondas). Evitei os recheios mais pesados, como strogonoff, por exemplo. Na minha franquia da Baked Potato eu que mando, certo? ;)
Depois de rechear as batatas, elas foram ao forno para dar aquela última aquecida no recheio. Um minutinho no microondas também resolve. E assim foi. Batatas recheadas de requeijão e boas risadas.
* Fotos da fotógrafa querida Rebeca Protta.

3 de mai. de 2011

Torta gelada de abacaxi e cookies

Nem só de revistas lindas vive a banca de jornal, não é mesmo? Pois essa receita deliciosa a Mari, a irmã prendada, garimpou em uma publicação desprovida de beleza, digamos assim: Delícias da Calu. Nem imagino quem seja Calu, mas essa torta gelada de abacaxi e cookies nos deixou bem felizes na Páscoa. Receitinha leve e refrescante!

O que usar:
-  2 pacotes de cookies de chocolate;
- 100 g de margarina;
- 2 abacaxis descascados e picados;
- 8 col. de açúcar;
- 1 litro de sorvete de abacaxi;
- 1 xíc. de creme de leite fresco;

Como fazer:
No liquidificador, triture os cookies e misture com a margarina até formar uma farofa úmida. Com a farofa, forre o fundo de uma assadeira com aro removível (22 cm de diâmetro). Asse durante 10 minutos no forno preaquecido a 180 graus. Deixe esfriar e reserve;
Em uma panela, coloque o abacaxi, misture com o açúcar e leve ao fogo brando, sem mexer, até o abacaxi ficar macio e restar pouca calda. Deixe esfriar;
Bata o creme de leite fresco em ponto de chantilly e misture com o sorvete de abacaxi. Coloque sobre a massa e leve ao freezer até endurecer;
Na hora de servir, espalhe o abacaxi por cima e desenforme.
* Segundo a Calu, de leve essa receita não tem nada. Cada uma das 12 fatias tem 413 calorias... Tipo, quase um Big Mac!