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13 de ago. de 2011

O charme de Trancoso e a Barraca do Jonas

Eu não vou ser a primeira a dizer isso, mas vou cair no lugar-comum: Trancoso é um charme! Pode ter, mesmo em baixa temporada, aqueles guias mirins caçadores de turistas que são um pouco irritantes, é verdade. Mas chegar ao famoso Quadrado e ver as praias lá embaixo é muito gostoso. As casas do Quadrado são lindas, cheias de lojinhas de artesanato e restaurantes, que, mesmo estando a centenas de quilômetros de distância de São Paulo, praticam os preços do Iguatemi, mas tudo vale a pena. Quando estivemos em Santo André decidimos alugar um carro para passar um dia em Trancoso, já que não conhecíamos. Pegamos a balsa para Cabrália, passamos reto em Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e, depois de visitar o Quadrado, fomos conhecer a Barraca do Jonas.
A Barraca do Jonas fica na Praia dos Coqueiros, uma das mais próximas do Quadrado. Como não tínhamos muito tempo, foi uma ótima escolha. Logo que você chega à praia, os tais guias querem logo te empurrar para uma barraca (e ganhar com isso, claro), mas nos mantivemos firmes e fortes na nossa escolha. Que bom. Enquanto a maioria das outras têm cadeiras de plástico, música alta e turistas que chegam em penca, a do Jonas é bem tranquila, tem cadeira de madeira, marca registrada do povoado e comida de primeira.
Os preços dos peixes variam de acordo com o tamanho de cada um. E para provar que eles estão fresquinhos, o garçom traz em uma bandeja algumas opções. Escolhemos o peixe vermelho, que era o bom do dia, e foi, sem dúvida, o melhor peixe que eu comi na viagem. É bom pedir o prato com antecedência porque o preparo é demorado, em forno à lenha, mas, gente, o peixe fica macio de um tanto, sem desmanchar.
E, no melhor estilo baiano, vem acompanhado de algumas guarnições: salada, arroz, feijão, pirão e uma deliciosa farofa de banana. Divina, divina.
Depois do peixe, é só esperar passar na areia o tabuleiro de palha com brigadeiros e beijinhos para garantir a sobremesa. Voltamos para Santo André à noitinha e nem ficamos cansados, de tanto que o passeio foi gostoso.
* Os pratos na Barraca do Jonas custam, em média, R$ 80. São mais caros do que os de Santo André, mas bem menores do que os dos restaurantes do Quadrado.
* Lá no alto, a minha pequena com a igreja São João Batista no fundo. Tanto uma como outra são... um charme! Já usei esse adjetivo nesse post?

12 de ago. de 2011

Praia do Guaiú

Ok, um povoado com cerca de 500 habitantes é muito agito para você, não tem problema. Perto de Santo André, no sul da Bahia, existe a praia do Guaiú, onde, com certeza, você vai se sentir no meio do nada. A praia é bem extensa e, pelo que vi, tem apenas duas barracas estruturadas. E, além de mar calminho e muito sol, um rio, o Guaiú, para dar um charminho extra. São cerca de dez quilômetros entre uma praia e outra que podem ser vencidos a pé, para os mais fitness, de carro (alugado ou taxi), para os preguiçosos, ou de busão de linha, para os turistas roots, como eu, o marido e a pequena Lolinha. O ônibus passa a cada hora e não leva dez minutos para chegar, mas, ao descer na pista, é preciso caminhar um quilômetrozinho. Na ida, ok, mas na volta, com o sol no coco, com criança no colo, todo mundo cansado, vixe, dá para repensar a opção...
A barraca escolhida e recomendada foi a da Maria Nilza, uma senhora simpática que estampa, com um chapéu de palha e um sorriso brejeiro, não só os cartões do restaurante como o cardápio. Logo na entrada, recortes de jornais com matérias elogiando o restaurante. O lugar é bem agradável, as mesas são cobertas com toalhas de renda, as cadeiras de sol com esteiras de palha e as "louças" são de barro, rústicos e lindos. Nós escolhemos o prato mais famoso da casa, o arroz com polvo. O arroz com polvo, citado e elogiado em tudo quanto é matéria, sinceramente, não agradou ao nosso paladar, achamos pesado demais. Mas, conversando com outros turistas, decidimos que na próxima vez vamos de moqueca!
Mas se tem uma coisa que me agradou foi o banheiro! Gente, o banheiro é aberto e tem a vista do rio, que está na foto lá no alto. A tampa do vaso tem capinha de crochê, todo mimoso. Só dá medo de chegar alguém e espiar pelas frestinhas da parede de palhinha. Ui!
Na saída, Maria Nilza - e seu chapéu de palha e seu sorriso brejeiro - presenteia os clientes com folhinhas de trevo de quatro folhas e pede para você tirar um papelzinho de uma caixinha, com uma mensagem bonitinha. Super meigo.

* Só para constar, não foi o arroz com polvo que me levou até o banheiro. :)

11 de ago. de 2011

Restaurante Gaivota

Olha que maravilha esse deque em frente ao rio João de Tiba, em Santo André, na Bahia. E como se não bastasse a paisagem - e o pôr-do-sol - o restaurante Gaivota ainda tem um peixinho bom demais. O prato mais famoso é a moqueca (R$ 45, para 2 pessoas), mas como é difícil encarar moqueca dia após dia, sob sol escaldante, tem também peixe grelhado, salada, molho de camarões...
A Ana, bióloga e dona do restaurante, é super atenciosa e faz o translado dos clientes até o hotel. É um pouco repetitivo dizer que todo mundo por lá é simpático, mas é verdade. Tanto os moradores como os turistas são super tranquilos. Para vocês terem uma idéia, no dia em que fui ao Gaivota o marido não queria comer moqueca, pois eu comi mesmo assim, fazendo um pratinho da moqueca da mesa vizinha! Juro que eles me ofereceram! :)
A moqueca vem borbulhando e acompanha aquela farinha divina que só na Bahia tem. Bom demais e preço camarada.

10 de ago. de 2011

Restaurante Corsário

Não tem como resistir a esse balcão da Coca-Cola, fala sério, queria um desses no meio da minha sala! E, o melhor, é que dele saem não só cocas, mas cervejas ultra geladas, mofadas, como falam. Esse balcão charmoso é uma das atrações da Pousada e Restaurante Corsário, lá em Santo André, no sul da Bahia. A pousada, que tem outros dois endereços - Paraty e Búzios - tem um restaurante super gostoso, com pratos deliciosos. Para quem vai com criança, uma atrativo extra, a Néia, garçonete atenciosa que adora bancar babá e leva um super jeito para distrair as crias.
O restaurante fica em um gramado, em frente ao rio, e tem um cardápio enxuto, mas de qualidade. Eu fui de camarão gigante com abacaxi, servido de arroz com lascas de coco. Super bem servido, super incrível. Queria comer um desses por semana...
* Para os hóspedes interessados, um adendo: como a pousada fica na beira do rio, não há "praia". Para pisar na areia é preciso andar um pouquinho, o que não é nenhum grande problema.

9 de ago. de 2011

Casa Praia

As matérias de turismo já publicadas sobre Santo André, na Bahia, invariavelmente falam que a praia é a nova Trancoso, que alia com o mesmo esmero o rústico e o chique, que, de Trancoso, só não tem os altos preços, blá, blá, blá... Mas o que sempre me chamou atenção não foram as comparações entre as duas, que ficam a cerca de 80 km de distância, mas o fato de em Santo André ter um restaurante tão interessante como o Casa Praia. Já no primeiro dia, ligamos para fazer a reserva. E que delícia. O Casa Praia pertence a dois argentinos, Pablo e Amadeo, que saíram de Rosário, na Argentina, onde tinham um restaurante charmosésimo, para trabalhar em uma pousada em Santo André. O problema é que não se via o mar da cozinha e, portanto, que vantagem eles tinham em morar na praia? Foi aí que eles acharam uma casa abandonada e, aos poucos, foram a transformando em um dos lugares mais acolhedores de Santo André. Com direito, é claro, a uma cozinha com vista para o mar.
Tudo isso eu sei porque eles nos contaram e também porque eles mantém na sala, ou melhor, no salão do restaurante, álbuns com a história deles. As memórias também estão no cardápio, que mais parece um livro de anotações de viagens. O chutney que comeram na Índia, o assado da Argentina, pratos da Grécia, Espanha, Malásia... Todos os sabores degustados por eles servem como base para uma cozinha criativa e deliciosa. Enquanto Amadeo fica na cozinha, Pablo serve o salão. E que salão. Louças de antiquário são misturadas com objetos tão simples como a casca torcida das árvores, aquela que eu adorava pisar quando criança e ouvir o "crec". A casca vira porta guardanapo, o chapéu de palha, cúpula de luminária, o bambu, capa do cardápio e assim por diante.
A minha vontade era voltar todos os dias ao restaurante e degustar todo o cardápio, escutar por mais tempo a seleção musical fantástica que eles têm e deixar a Lorena rolar ainda mais no chão com a Odara, a rotweiller deles... Mas seria meio insano. Na nossa primeira visita fomos super contidos e provamos apenas alguns pratos, como o Satay, espetinho de legumes com ares da Indonésia, acompanhado de chutney de manga (que deveria ser vendido em vidros de compota!).
O marido disse que esse peixe na folha de bananeira recheado com coco fresco e gergelim, acompanhado de chutney de cenoura, gengibre e passas foi o melhor que ele comeu nos últimos tempos. Foi até cansativo ficar ao lado e escutar os tantos humms-humms que ele fazia.
O meu arroz de camarão também estava incrível, com um toque apimentado delicioso.

* Lá no alto, o chef Amadeo. O Pablo, arquiteto e artista plástico, fica servindo o salão. A dupla é tão simpática que dá vontade de pedir para ser amigo deles. Eles dizem, aliás, que o restaurante é uma casa de amigos. Eu me senti tão à vontade que acho que da próxima vez vou pedir para ser amiga.
** O Casa Praia é o restaurante mais caro de Santo André, os pratos custam cerca de R$ 40 (caro padrão baiano, né paulistas!). Tem, além de pescados, pizzas caseiras e carnes argentinas. É, sem dúvida, uma das melhores coisas de Santo André.

8 de ago. de 2011

Santo André, Bahia

Naqueles cadernões de ofertas das agências de viagem, fica difícil saber qual pacote vale ou não a pena. Mas para quem gosta de praia com muito sol, pouca onda e pouca gente, Santo André, na Bahia, é uma ótima pedida. Sou suspeita, afinal, já fiz até festa de aniversário da minha pequena com o tema festa baiana.

Santo André fica para lá de Santa Cruz de Cabrália, a cerca de 30 quilômetros do axé de Porto Seguro. E isso, acreditem, faz muita diferença. Fora que são apenas 2h30 de voo o que, com criança, é ótimo. Depois, poucos minutos de estrada e uma balsa. Super light, juro!

Santo André tem ruas de terra e não mais do que 500 habitantes, que formam uma comunidade muito unida. A seguir, alguns dos melhores restaurantes de lá, para você se animar. Se você, como eu, gosta daquela praia que não tem nada de um lado e nada de outro, eu super recomendo.

Por lá não há (por enquanto) nenhum resortão, apenas um resort porte médio, o Costa Brasilis, hotel pé na areia, com boa estrutura (evite o all inclusive, a comida não é das melhores). Para quem quer uma acomodação mais intimista, há pousadas como a Jacumã, Araticum, Corsário, que conhecemos e adoramos, e Victor Hugo e Ponta de Santo André, que nos recomendaram.

* Para saber da vida da comunidade, acesse o Rede Furada, blog da Olimpia sobre Santo André.

3 de mar. de 2011

Maria Mata Mouro, Salvador

Lá no Pelô, próximo ao Convento de São Francisco, fica o Maria Mata Mouro, um restaurante escondido, tranquilo, que vale a parada. A fachada do Maria Mata Mouro nem é lá chamativa e seu interior se assemelha com muitos outros restaurantes da região, com peças de antiquário espalhadas, ambiente escuro e jardim agradável nos fundos. Mas o cardápio fixado na porta, além da recomendação do Cuco, marido da Fran, fez com que eu e o marido entrássemos.
Nem precisei pensar, a minha pedida foi o badejo ao molho de gengibre, com legumes e torta de batata. Sem dúvida, um dos melhores peixes que comi nos últimos tempos. O molho com gengibre era bem suave e me fez lembrar o camarão com gengibre e maracujá, que postei no blog em 2007! O garçom me disse que a receita era segredo, mas deu algumas dicas dizendo que havia fruta sim no preparo, maracujá ou manga. O prato ficou super leve e delicado, até Lolinha aprovou.
Apesar da minha insistência para que o marido escolhesse o camarão com cardamomo (adoro fazer isso!), ele não se fez de vencido e foi na dele: peixe com cogumelos e alcaparras e também adorou. De sobremesa, Pacovan - biscoito de coco com banana da terra, com sorvete de creme e calda de tamarindo.
O Maria Mata Mouro, assim como o Mistura, entrou na minha lista de restaurantes incríveis de Salvador. Não que seja expert na cidade, mas na minha última estadia havia amado o Paraíso Tropical, que fica um pouco afastado, fora do circuito turístico. O famoso Amado ainda não conheço. Eu e Fran chegamos a conclusão que nossos pequenos não se adaptariam ao ambiente, que é a linha chiquezinha. Um lugar que já conhecíamos, mas que com certeza não voltaremos é o Yemanjá. O atendimento foi sofrível, indecente, para parar por aqui.

2 de mar. de 2011

Mistura, Salvador

Não precisou pesquisar muito para ir ao Mistura. O restaurante figura há alguns anos entre os melhores restaurantes de pescados de Salvador. Já em seu primeiro dia por lá, foi conferir a mariscada.
Eu cheguei no dia seguinte e a obriguei a repetir a dose. Já que era bom, era para lá que eu queria ir. O restaurante fica em Itapuã, bem perto de Stella Maris, onde estávamos hospedadas. São dois ambientes, um fechado, com ar condicionado fortíssimo, adega climatizada e aquário com lagostas e outro avarandado, bem ventilado. Nos colocaram na varanda, próximos à brinquedoteca, para evitar que nossos pequenos atormentassem demais as lagostas - e os adultos.
O Mistura, que começou como uma barraca de praia, pertence a um italiano, que conheceu uma brasileira e decidiu se especializar em moquecas. Na verdade, nem sei se essa é a grande especialidade dele, mas que a moqueca de camarão foi uma das melhores que nós comemos, isso foi. Olha a bela foto tirada pelo Tatu.
Há pratos à la carte e também um buffet "por quilo" bem variado, com lagostas, polvo, mariscos, camarões, peixe grelhado, etc. De sobremesa, peça a taça de mousse de chocolate com 3 chocolates: branco, meio-amargo e amargo. Glicose das boas.