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23 de jan. de 2013

Pavê de abacaxi

Pavê tem cara de Natal. Porque é refrescante e cai bem no verão e também porque o que seria daquele tio fanfarrão sem o pavê para fazer a manjada piadinha: É pavê ou pacomê?! =)

No Natal da minha família foi esta a incumbência que a Mari, a irmã prendada, me passou. Ótimo, sobremesa fácil e gostosa. Ela me deu a incumbência já com a receita, passada por uma amiga, que achei mais simplificada ainda do que a do pavê de pêssego que fiz no dia das mães. Recomendo!

Pavê de abacaxi
O que usar:
- 1 abacaxi ou 1 lata de abacaxi em calda;
- 1 caixa de biscoito champagne;
- coco ralado;

Para o creme do recheio
- 1 lata de leite condensado;
- 1 lata de leite;
- 2 gemas;
- 1 col. (chá) de maisena;

Para a cobertura
- 2 claras;
- 2 col. de açúcar;
- 1 lata de creme de leite;
- coco ralado;

Como fazer:
O creme do recheio:
Bata no liquidificador o leite condensado com o leite, as 2 gemas e uma colher de maisena. Leve ao fogo até o creme ficar amarelinho e começar a descolar do fundo da panela, como acontece com o brigadeiro.

A cobertura:
Bata as claras em neve com 2 colheres cheias de açúcar. Misture com o creme de leite e reserve.

Montagem:
Em um pirex ou em potinhos individuais, faça camadas de biscoito umedecido na calda do abacaxi (não molhe antes para ele não desmanchar, deixe para molhar o biscoito, literalmente, na hora da montagem), creme de recheio, abacaxi picado, salpique coco ralado. Mais biscoito umedecido, creme, abacaxi,  coco; Biscoito e cobertura. Coco ralado. Geladeiro por, no mínimo, 3 horas.
* E assim começamos mais um ano. Antes do carnaval! 

18 de out. de 2012

Bolo de laranja da Tia Ângela

Eu já chamava a tia Ângela de tia antes dela ser minha tia. É que sempre fui amiga de sua filha, a Bia. Desde a primeira série, pelo que me lembro, passando pela fase de adolescência, a dos patins, a da faculdade, quando cada uma foi para uma cidade, a fase adulta, a do casamento, que nos tornou comadres... Quando me casei com o seu sobrinho, me tornei oficialmente sobrinha, mas confesso que nem precisava, a tia Ângela sempre foi minha tia. E das mais prendadas. Pinta, cozinha, cuida da horta e do jardim, das filhas e netos, se fantasia de Papai Noel e ainda toca sanfona!
O bolo de laranja da tia Ângela é algo recente na minha vida. Eu, que nem ligava para bolo de laranja, o conheci no dia em que a Bia trouxe um quentinho para tomarmos café em casa. E, daí, eu me apaixonei. Nunca comi nada mais macio! Caldinha doce, com fundinho azedinho... Por isso passei a gestação da Anita inteira pensando no bolo de laranja. Quando a Anita nasceu, eu pedi a receita do bolo para a tia. E ela me mandou. E mandou também um bolinho de presente no dia do meu aniversário. Com direito a flor com casca de laranja e um bilhetinho. Posso dizer que consumi 85% do bolo, mas não enjoei. Em breve, eu mesma testarei a receita.
Bolo de laranja da tia Ângela
O que usar:
- 3 ovos inteiros;
- 1 copo de suco de laranja;
- 2 tiras de casca de laranja;
- 2 copos de açúcar;
- 2 copos de farinha de trigo;
- 1 copo de óleo;
- 1 col. (sopa) de fermento em pó;
- 1 pitada de sal.

Cobertura:
- 2 xícaras de açúcar de confeiteiro;
- caldo de laranja.

Como fazer:
Primeiro, bata no liquidificador os ovos até eles ficarem espumados. Depois, suco de laranja, casca de laranja. Acrescente aos poucos o açúcar e a farinha de trigo. Depois, o óleo. Sem bater, adicione o fermento e a pitada de sal. Unte uma forma de 25 cm de diâmetro e leve ao forno pré-aquecido. Em casa, primeiro assei por 10 minutos a 250 graus, depois, abaixei a temperatura para 180. Esse bolo, especialmente, precisa ser assado lentamente. Em casa foram, no total, pouco mais de 50 minutos. Vale a pena.

Para a cobertura, coloque em um prato fundo mais ou menos 2 xícaras de açúcar de confeiteiro e, aos poucos, calde de laranja até formar um creme bem espesso. Despeje sobre o bolo morno e passe o café.

8 de jun. de 2012

Bolo de cenoura da Tia Maria

"Chove, mas como chove. Chuva, chuvisco, chuvarada. Por que que chove tanto assim?
Quando chove, a terra fica molinha; a grama fica verdinha e eu fico todo molhado, com o pé na lama e meu nariz tapado. Minha vó me chama: 'Menino, vem cá vem tomar chá. Vem comer bolo de cenoura com cobertura de chocolate quente'"
É só a chuva persistir para minha música preferida do Cocoricó grudar na minha cabeça. E daí que eu fico cantando e só pensando no bolo de cenoura com cobertura de chocolate quente. Há dias a chuva não para e não teve jeito, tive de ir para a cozinha fazer um bolinho - e aproveitar para esquentar o ambiente com o forno ligado. A receita que queria reproduzir era da minha querida Tia Maria, cozinheira de mão cheia, especialista em feijoada, bacalhau, bolos de cenoura e afins. A receita eu tirei do caderninho dela, que, além da receita, tem algumas obervações. Nesta receita do bolo, por exemplo, está escrito: bom. Mas, tia, não é bom. É bom, muito bom, muito mais do que bom, é excelente.
Bolo de cenoura da Tia Maria
O que usar:
Massa
- 4 cenouras médias;
- 1 copo (requeijão*) de óleo;
- 3 ovos;

- 3 copos (requeijão) de açúcar;
- 3 copos de farinha de trigo;
- 1 col. (sopa) de fermento em pó;

Cobertura
- 5 col. (sopa) de açúcar;
- 5 col. (sopa) de leite;
- 2 col. (sopa) de chocolate;
- 1 col. (sopa) de margarina;
- 1/2 lata de leite condensado;

Como fazer:
Massa: Bata no liquidificador os três primeiros ingredientes: óleo, cenouras picadas e ovos. Reserve. Na batedeira, junte o açúcar e a farinha de trigo peneirada com a primeira mistura feita no liquidificador. Bata até a mistura ficar homogênea. Junte o fermento sem bater. Coloque em forma untada e leve ao forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos.

Cobertura: Junte todos os ingredientes em uma panela e deixe ferver até dar ponto de caramelo.
*Dicas*
- Antes de começar a receita, já ligue o forno;
- Sempre peneire os ingredientes secos;
- O tempo de forno pode mudar de acordo com a forma utilizada (e dependendo do forno). Como optei por uma forma de furo, mais alta, o bolo demorou 50 minutos para assar em forno médio;
- Sempre faça o teste do palitinho. E só tire o bolo do forno se o palitinho ou a faca saírem secos;
- * 1 copo de requeijão corresponde a 1 xíc. + 1/3 de xíc.

27 de out. de 2011

Frango com Banana - A receita

Continuando a história do meu passado, em um dos muitos encontros entre eu e a Fran, meu marido - também conhecido como MacGyver - foi pregar persianas no apartamento do marido da Francisca. Como forma de agredecimento, ela preparou frango com banana, daí o nome do nosso ex-broguito. Pode parecer estranho, mas é tão bom este prato. E muito simples de se fazer. Por isso, no nosso almoço de aniversário de cinco anos do Frangote, decidimos rememorá-lo. Para acompanhar e constrastar com o "doce" da banana, colocamos abacaxi no arroz, o que pode ser feito rapidamente no dia a dia, para acompanhar aquele pernil ou lombo, por exemplo. Não, não é uma salada de fruta, é uma combinação muito especial. Vai por mim.

Frango com banana com arroz de abacaxi
Para 6 pessoas
O que usar:
- 1 kg de peito de frango em cubos médios;
- 1 cebola;
- manteiga;
- 5 bananas nanica;
- 1 garrafa de leite de coco;
- 1 col. (café) cheia de curry em pó;
- castanhas ou nozes trituradas;

Como fazer:
Derreta a manteiga e refogue a cebola. Junte o frango já temperado com sal, pimenta do reino e limão. Doure o frango. Junte o curry. Quando o frango tiver quase no ponto, coloque o leite de coco. A mistura irá ficar bem cremosa. Junte as bananas em rodelas, mexa um pouco e sirva imediatamente.

Para o arroz de abacaxi:
É mais ou menos a mesma coisa do arroz normal, mas com uma etapa a mais. Após fritar a cebola e os temperos, frite os cubinhos de abacaxi. Daí prossiga normalmente: frite o arroz, coloque a água e tralalá. 

25 de out. de 2011

Frango com Banana Revival

E daí que eu me apego a um ritual. E há exatos cinco outubros, um dos meus rituais preferidos inclui reunir minha cumadre Fran, maridos e crias para um almoço especial para comemorar o aniversário do nosso querido e vivo no limbo cibernético, salve, salve, Frango com Banana, um dos primeiros blogs de culinária do Brasil. Eu não nego meu passado, jamé, e é com muito orgulho que digo que eu e Francisquinha fizemos o Frango com maior carinho por quatro anos e meio. Daí, vocês sabem, cada uma das partes pegou suas trouxas e partiu para voo solo. Como dizem as celebridades por aí, a separação foi amigável.

Vou me repetir, mas a Fran chegou de brinde na minha vida. O Flá, então meu namorado, era amigo do Cuco, então namorado da Fran. Mas os anos se passaram, a Fran se casou com o Cuco, eu me casei com o Flá, e nós viramos cumadres, amigas de infância, blogueiras e mães. Exatamente nesta ordem.

E outubro foi chegando e não conseguimos deixar passar o niver do Frangote. Foi mais forte que nós. Então, no último fim de semana, nos reunimos para fazer um prato especial no maior estilo Frango com Banana Forever. Além da receita de frango com banana, tiramos, claro, a nossa foto anual. Abaixo, imagens da nossa história virtual. Viva o Frango, viva nóis, viva todo mundo.
Quando o Frango com Banana fez um ano, em 2007, o Alê, primeiro filho da Fran, era um mini-pacote.
Em outubro de 2008 rolou um revezamento de barriga. Leleco estava com 1 ano e alguns dias e eu grávida de cinco meses da Lola.
Tcharan. Lola apareceu e, em outubro de 2009, estava com oito meses e as coxas cheias de dobrinhas. Delícia. Leleco com dois anos e Fran ensaiando o seu desfralde.
Eis que surge mais um filho - da Fran! Ano passado a gente quase enlouqueceu para executar o almoço comemorativo e dar conta de tanta criança. Antonio com três meses, Leleco com 3 anos, Lola com 1 ano e meio e nós exaustas!
Domingão, nós com cara de amigas de propaganda de margarina tentando administrar as crias e as panelas. Olhando assim, parece que nestes últimos cinco anos a gente só fez filho, mas, juro, a gente fez mais um monte de coisas. UPDATE: Nesta foto, eu não sabia, mas já estava grávida da Anita. Pensando bem, fazemos filhos tão bonitinhos, não vamos mexer em time que está ganhando. 

* Ah, para ler a versão da Fran sobre a nossa história, é só clicar aqui.

18 de mai. de 2011

Clássico Cerqueira

Não sou boa de matemática, mas tenho quase certeza que 1/4 de mim é Cerqueira. E esse 1/4 se demonstra praticamente de uma única forma: paixão por porpetas. Este é o prato clássico lá de casa há gerações. Para mim, nunca houve almôndega, mas porpetas. E, quer saber, as porpetas lá de casa dão de 10 nas primas almôndegas que já encontrei por aí. Mami que, por sinal, tem zero de sangue Cerqueira, faz porpetas como ninguém e eu decidi em um domingo destes ver qual é desta receita. Maridón já havia tentado, em vão. Deixou as danadas muito tempo no molho e com a panela tampada. Resultado: um molho à bolonhesa - de salame. Sim, as porpetas Cerqueira que começaram com minha tataravó Carmela, passaram pela bisa Mariana e pela vó Carmela (eita criatividade), todas anjos há tempos, são feitas de salame. Para mim, isso é mais do que comfort food, é um colo. Eis a receita.

O que usar:
- 3 pãezinhos amanhecidos;
- leite;
- 1 gema;
- 1 xícara de queijo ralado;
- 1 xícara de salsinha;
- azeitonas verdes;
- 1 salame;
- farinha de trigo;
Como fazer:
Tire a casca do pão e faça dele uma massa com a gema e um pouco de leite. No liquidificador ou no processador, com muita paciência, triture o salame. Em uma tigela junte o salame, a massa de pão, as azeitonas, o queijo, a salsinha e ponha as mãos na massa e faça disso tudo uma mistura uniforme. Eis as porpetas. Faça bolinhas da massa e polvilhe cada uma com farinha de trigo. Após fritá-las, com todo o cuidado para elas não desmancharem, as coloque no molho por cerca de 40 minutos. Com a tampa aberta, para não repetir o mesmo erro do maridón. Ah, resta falar que com esta mistura mega light as porpetas são bem pesadas. Apesar de deliciosas, é quase impossível comer duas inteiras. Mas você pode tentar.

9 de mai. de 2011

Cheb Cheb do Seu Júlio

Falei tanto de comida de mãe no final de semana e começo a semana com uma comida de pai. No caso, do pai do marido. O cheb cheb, invenção do meu sogro, é aquela comidinha diferente para o dia-a-dia, uma espécie de almôndega Kinder Ovo, com uma surpresinha dentro: a couve flor. Uma delícia. Sirva com arroz branco e bom cheb cheb procê.
Cheb Cheb do Seu Júlio
O que usar:
- 500 g carne moída;
- sopa de cebola instantânea;
- 3 pães;
- molho de tomate;
- 1 cebola;
- tomates;
- 1 couve-flor;

Como fazer:
Para começar a fazer o Cheb Cheb é preciso colocar a mão na massa e misturar a carne moída com miolo de pão e o pózinho da sopa de cebola. Mexa bastante para a mistura ficar uniforme. Em uma panela ferva a couve-flor com cuidado para ela não passar do ponto. Como ela ainda vai cozinhar com o molho, deixa-a tenra. Hora de começar a brincadeira. Corte os galhinhos da couve-flor e vá envolvendo cada um com a mistura da carne deixando sempre o cabinho para fora. Depois é só fazer um refogadinho com cebola, tomate e molho e colocar as bolinhas na panela. Estará pronto quando a carne estiver cozida.

20 de abr. de 2011

Bacalhoada

Eu amo bolinho de bacalhau, adoro a facilidade do arroz de bacalhau, acho delicioso bacalhau no forno, mas o meu voto é mesmo da bacalhoada tradicional. A sexta, e última, receita é da minha mãe, que aprendeu a fazer esse prato com minha tia Maria, portuguesa-com-certeza. Esse prato é dez, nota dez (ler com voz do locutor da apuração da Sapucaí). Dicas de como preparar o bacalhau você já tem, amanhã tem sugestão de vinho.

Bacalhoada 10, nota 10
O que usar:
Para 6 pessoas
- 1 kg de bacalhau;
- 1 kg de batata;
- 4 pimentões entre verde, vermelho e amarelo;
- 2 cebolas grandes;
- 6 tomates;
- azeitona chilena;
- cheiro verde;
- 1/2 vidro de azeite;

Como fazer:
Dois dias antes, coloque o bacalhau em uma vasilha com água e o deixe na geladeira. A cada dia, troque a água. No dia que for preparar o prato, afervente o bacalhau - e despreze a primeira água. Afervente novamente e, quando ele ficar macio, prove para ver se ele não está muito salgado (se tiver, troque a água novamente). Escorra a água, deixe o bacalhau esfriar e desfie-o grosseiramente, retirando os espinhos (eu gosto que ele fique com lascas). 

Hora de montar a bacalhoada. Em uma panela funda, coloque primeiro batatas cortadas bem grossas, para não queimar ou grudar o fundo. Em seguida, faça camadas com o bacalhau em lascas, pimentões, tomates, cebolas, tudo em fatias finas, azeitonas. Novamente: batata, bacalhau, pimentões, tomate, cebola, azeitona... até completar a panela. A última camada tem de ser  batata. Regue com bastante azeite, salpique com cheiro verde, e leve ao fogo baixo por cerca de 1h30. Se quiser, forre a panela toda com folhas de couve: no fundo, na lateral e, por cima, cobrindo a bacalhoada.

11 de abr. de 2011

Salada Vó Carmela

É só o tempo esfriar um pouco para me dar uma preguiça de comer salada! Nessa hora eu deixo a rúcula de lado e escolho a salada da minha Vó Carmela, uma salada mais consistente. Bem simples, ela leva tomate, batata, vagem e o que mais estiver marcando na sua despensa. Basta cozinhar as batatas e a vagem -
com cuidado para elas não se desfazerem -, cortar os legumes grosseiramente e depois temperar com muito azeite, sal, vinagre e salsinha. Antes de servir, deixe a salada na geladeira por uns 30 minutinhos. Ela casa muito bem com uma carne assada. Na foto, a salada ainda com cenoura cozida e azeitonas chilenas.