4 de jul. de 2011

Bar 6

Sabe quando você está de folga e não quer planejar a hora em que vai tomar café da manhã, almoçar ou jantar? Isso acontece com frequencia quando eu viajo e nem sempre me lembro de checar a que horas o restaurante em que quero ir fecha ou se ele serve só almoço ou jantar... Em Buenos Aires, um restaurante-café-bar para se ter na manga é o Bar 6, na Calle Armenia, em Palermo. Ele abre de segunda a sábado às 8 da matina, sem hora para fechar. Lá, você chega e opta se quer a carta de café da manhã, de almoço ou jantar. Praticamente um paraíso para turistas!
Com apenas duas janelas para a rua e uma porta preta, de ferro, dá para passar por ele quase despercebido. Mas a entrada discreta esconde um enorme barracão, que consegue ser rústico e aconchegante ao mesmo tempo. A frieza das paredes de tijolo aparente e de cimento é quebrada por uma grande tapeçaria, pendurada logo na entrada, e por tapetes e poltronas de cores fortes, no melhor estilo rococó. O clima é tão descontraído que muita gente se sente em casa - e até tira os sapatos (no dia em que fui lá duas pessoas estavam descalças, largadas nos sofás e nas poltronas!). O público é o que trabalha nos arredores, muita gente aproveita para fazer ali, entre um café e outro, a reunião e não é difícil você se sentar ao lado de produtores de comerciais analisando fotos de casas para locação e storyboards. Palermo Hollywood, a parte do bairro repleta de produtoras e estúdios de rádio e TV, está ali ao lado, afinal.
O cardápio reflete o ambiente e é bem eclético. Saladas, massas, carnes.... A entrada é das mais simples, mas merece destaque: pães frescos com um patê* de beterraba de lamber os beiços. A nossa vontade era de almoço, por isso o marido foi de um clássico portenho, ojo de bife con salsa de mostaza a l'ancienne y pure rustico de papa y ajo e eu não me arrependi quando espichei o olho no prato da mesa vizinha (adoro fazer isso!) e quis um igualzinho: wok de arroz, vegetales y pollo. Divino, uma espécie de yakisoba mais natureba, com o arroz e os legumes al dente. Para acompanhar uma Quilmes e, de sobremesa, um belo mousse de chocolate meio amargo com farofinha de castanha. Para ir sempre, a qualquer hora.
* O patê, que não era patê, é feito somente com beterraba cozida triturada no processador com sal, pimenta e ervas frescas. Servido geladinho, é uma opção gostosa e saudável. Olha o que restou dele no fundo da foto do wok. Olha que cor linda!

3 de jul. de 2011

Miranda Parrilla Argentina

Foi amor à primeira vista. Quando estivemos pela primeira vez em Buenos Aires e nos hospedamos no Bed&Breakfast Solar Soler, na nossa primeira volta ao bairro, passamos em frente ao Miranda. O restaurante tem uma churrasqueira gigante ao fundo (e nenhum cheiro de fumaça) e um cardápio com muita carne. Foi de lá que o marido comeu pimentão com ovo, prato que entrou para o menu aqui de casa.
Para mim, é o lugar ideal para comer uma ótima parrila sem aquele frenesi dos turistas de Puerto Madero. Na foto abaixo, uma entrada com polenta e legumes grelhados, outra ótima pedida para picar.
Não sou a única fã do Miranda, claro. O restaurante é lotado - pela turma dos 30, em sua maioria - e é preciso chegar cedo se não quiser esperar muito. É aberto praticamente o dia todo e é cheio no café da manhã, no almoço e no jantar. À noite, inclusive, rola uma badalação. Para quem curte fortes emoções, dá até para se animar e provar o típico fernet com coca-cola.
O Miranda Parrilla Argentina fica na esquina das ruas Fitz Roy e Costa Rica, em Palermo Hollywood. Para comer muito bem sem precisar sair de Palermo, o que é um excelente negócio.

2 de jul. de 2011

Buenos Aires

O frio chegou e, com ele, aquela vontade louca de ir para Buenos Aires. Andar sem pressa por Palermo, só para conhecer os muitos restaurantes e lojas bacanas que abrem por lá a cada ano. Incrível como me sinto em casa em Palermo, mesmo não falando mais que dez palavras em espanhol.
Infelizmente, por ora, vou continuar com meus pés no chão aqui em casa mesmo. Mas como eu amo Buenos Aires e tenho alguns amigos indo para lá, resolvi importar do meu antigo blog, o Franguinho querido, alguns posts com dicas de restaurantes e compras. Espero que gostem.

Nas fotos, garrafas antigas e placas com pinturas em fileteado nas ruas de San Telmo; Girafa no zôo de Palermo, o bairro com maior número de cachorros por metro quadrado.

1 de jul. de 2011

Festa do Capitão Antonio

Uma mesa linda montada e alguns objetos temáticos espalhados pela casa resultam em uma festa para lá de criativa. E assim foi a festa de pirata de 1 ano do Antonio, da minha cumadre e ex-sócia Fran. Para quem está chegando agora, eu e a Fran dividimos o mesmo lar por quase cinco anos, o Frango com Banana, lar que continua no ar, no limbo cibernético, com um acervo super bacana, mas sem atualizações. Mas nosso relacionamento (virtual) acabou e cada um se mudou para um cafofo com seus cacarecos e ideias. No mundo real, Francisca/Francisneide/Franciscleide continua sendo minha amiga para todas as horas... 
Eu, controladora confessa que sou, adoro festa de crianças pequenas, já que os baixinhos, indefesos, não têm ainda voz ativa e aquele desejo de fazer festa de Barbies, Carros, Ben 10... Nada contra, mas vamos combinar que esta festa de pirata do Antonio ficou muito mais bacana e original? A festa começou em NY (chic!), quando a Fran viu em uma das lojas Willians Sonoma essa bandeirinhas de piratas, forminhas de cupcakes e dois barcos de papel com o mesmo tema. Mas aqui no Brasil, em lojas como Rica Festa (carinha, mas linda) e Barra Doce (mais acessível), você encontra forminhas e outras coisinhas parecidas com as vendidas lá fora.
A Fran acabou fazendo um grande mix para a festinha do Antonio. Na 25 de Março comprou o tecido listrado para a mesa. Ela mesma (não me pergunte como) fez os adesivos de caveiras e as etiquetas para descrever os comes, que foram dispostos em louças brancas e pretas. O chapéuzinho veio da Rica Festa.
No cardápio, sanduíches, hot dog, palitinho de cenoura e pepino, espetinho de frutas, coxinha e bolinha de queijo, empadinha... Detalhe para a espada, que funciona como palito nos sanduíches!
Moedas de chocolate foram esparramadas pela mesa. Afinal, pirata que é pirata quer mais é ouro, muito ouro. Os baús e os piratas também vieram dos States. Mas como sempre digo: você, pessoa prendada, pode fazer algo parecido ou pedir para a gráfica fazer!
Mais uma vez, os Cupcakes da Cris fizeram sucesso. Eles foram recheados com ganache de chocolate e cobertos com brigadeiro branco. Vocês não têm ideia, é cupcake saboroso, delicioso, não aqueles secos e sem graça que tem por aí...
Além dos brigadeiros tradicionais, o que fez o maior sucesso com as crianças foi essa bisnaga de ovomaltine da Rainha do Brigadeiro. Lorena se acabou e consumiu três em menos de três horas. As crianças apertavam a bisnaga direto na boca, uma farra.
No aparador, a Fran deixou a jarra de suco e garrafinhas com os nomes de cada criança, além de guardanapos, copos e canudinhos. Laurinha com essa camiseta listrada estava super combinando com a festa.
Na 25 de Março a Fran comprou alguns chapéus de pirata e esse tapa-olho. Ela só encontrou dois chapéus, que foram super disputados. Na Rica Festa também tinha o mesmo chapéu, mas o precinho era 3 x mais salgado.
 
Na saída, sacolas de pirata - reparem que o olho mexe! - cheia de tranqueiras sobre um móvel que a Fran encapou com papel contact amarelo. Fala sério, parece pintura! Isso que é pessoa prendada!

28 de jun. de 2011

Cervejaria São Jorge

Se o projeto de revitalização do centro de São Paulo, de fato, existe, se ele é bom ou ruim eu não sei, mas sei que, durante os dois dias que estive por lá, me senti segura e vi muitos policiais. Em cada ponto turístico tinha uma viatura e, acredite, alguns turistas com máquinas fotográficas penduradas no pescoço. Fomos ao centro por causa da exposição do Escher, artista que o marido ama. Foi muito legal ver a fila do lado de fora do CCBB e mais ainda ver as obras do artista (em cartaz até dia 17 de julho!).
Bom, fui ao centro por causa do Escher, mas, possivelmente, vou voltar por causa da Cervejaria São Jorge. É, até em passeio de família cabe uns bons choppinhos. Pelo que eu sei, até pouco tempo a cervejaria chamava-se Salve Jorge, como as dois botecos do Itaim Bibi e da Vila Madalena. Eu não sei agora se o pai de todas as crianças é o mesmo, mas o que importa é que a criança está bem cuidada. O bar fica em frente à Bolsa de São Paulo, no térreo de um prédio comercial. Na verdade, no térreo, no subsolo e no mezanino do edifício. Aos sábados, mesinhas se espalham pelo calçadão também.
A decoração é naquela estilo cacarecos. Atrás do balcão de chopp Brahma (R$ 5,10) cremoso, garrafas, engradados, rádios, caixas e garrafas de leite antigos. Nas paredes, quadros com caricaturas de diversos "Jorges", capacetes antigos, extintores idem. No teto, canaletas com centenas de garrafas de cerveja penduradas e lustres lindos. O lugar já impressiona pela decoração. Até o banheiro é bacana, com um painel de azulejos da artista Calu Fontes (se não estiver enganada), fotos do Rei Pelé e fitinhas de santos.
Ok, o banheiro de um boteco é parte importante do negócio, mas o cardápio também. Por lá, pratos de mãe - ou de vó, como a carne de panela de vó - dão água na boca. Para petiscar, fomos de linguiça aurora refogada com cebola, pimentão, tomate e pimenta biquinho. Depois da "entrada", feijoada de sábado (R$ 29) no prato. Dizem que a porção é individual, mas eu recomendo dividi-la. Além da feijoada, que vem em uma cumbuca, no prato tem arroz, couve refogada, um belo pedaço de carne de porco, farofa, mandioca frita, torresmo, banana frita e, de quebra, um pastelzinho! Tudo delicioso.
Aos sábados também tem apresentação de um grupo de chorinho. Os gringos, turistas oficiais, e os paulistanos, turistas oportunistas, aprovaram a música. Para quem gosta de pinga, duas páginas com diversas opções. A caipirinha vem acompanhada de picolé de frutas. Não provei, mas achei deliciosa! =)
A Cervejaria São Jorge já foi premiada como um dos melhores happy hour da cidade e funciona de segunda a sexta, das 11h30 às 23 horas, e, aos sábados, das 11 às 18h30. Mas para se sentar nessa janelinha aí é bom fazer uma reserva.

27 de jun. de 2011

Brincando de turista no centro de São Paulo

É impossível ir a Paris e não visitar a Torre Eiffel, a Notre-Dame, o Louvre... A Barcelona e não conhecer a Sagrada Família, o Parque Güell e as tantas outras obras de Gaudi. Em Roma, o Coliseu, a Fontana di Trevi, o Vaticano... Bancar turista quando se está em férias é fácil, mas é difícil colocarmos a máquina fotográfica na mochila e irmos aos cartões-postais da nossa cidade, como turista. Neste feriado foi isso que eu fiz. Preparei a mochila e fiz um roteiro a pé pelo centrão de São Paulo. Sim, já conhecia o Theatro Municipal, o Pateo do Collegio, a Catedral da Sé, mas visitar todos esses pontos em um úncio dia não. E foi muito bom, uma delícia. Por isso, reproduzo aqui uma sugestão de roteiro para você brincar de turista qualquer dia desses.
Você pode ir de carro até o centro, mas a melhor coisa a se fazer é estacioná-lo (aos finais de semana, os estacionamentos da Libero Badaró cobram diária de R$ 15) e fazer todo o circuito a pé. Metrô é uma ótima opção e ainda um programa bacana para as crianças. Você pode descer na estação Sé ou na São Bento. Comece o passeio pela manhã e, depois de visitar a Catedral da Sé, saia do marco zero e caminhe até o Pateo do Collegio, onde começou a cidade de São Paulo. Além da capela, há o museu Anchieta e um café super agradável no jardim do pátio, vale tomar um café por ali e tentar visualizar como era a paisagem antes da cidade surgir. O Pateo do Collegio foi construído em uma colina, entre o Rio Tamanduateí, hoje canalizado, e o Vale do Anhangabaú, hoje inteiramente concretado.
Atravessando a rua em frente ao Pateo do Collegio, caminhe até a Rua Quintino Bocaiúva e vire à direita. Na esquina seguinte você verá o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), um prédio de 1901 onde funcionou a primeira agência do banco. Até dia 17 de julho, está em cartaz por lá a exposição O Mundo Mágico de Escher, com mais de 90 obras do artista holandês. Além das telas, com construções impossíveis e ilusão de ótica, há algumas intalações, como a caixa abaixo. Quando fomos, a fila era grande, mas as crianças nem ligaram, adoraram. A mostra tem entrada gratuita.
Saindo do CCBB, cruze o Anhangabaú pelo Viaduto do Chá. A vista do Theatro Municipal vale a pena. O teatro foi recentemente restaurado e tem visitas monitoradas (com agendamento prévio).
Ali ao lado fica a Galeria do Rock, que mistura em seus cinco andares todo tipo de tribo. Se quiser entender o que é São Paulo, vá lá. Os manos, as minas, skatistas, punks, gays, travestis, gringos e famílias tradicionais, leia-se papai-mamãe-e-filhinhos, convivendo em harmonia. Nas lojas é possível comprar para as crianças dois tênis tipo "iate" por R$ 75. Ou camisetas de bandas de rock por R$ 15. Uma diversão.
A esta altura a fome irá bater. Então volte para o lado de lá do Anhangabaú pela Avenida São João, mais precisamente para a Praça Antonio Prado, na Cervejaria São Jorge. Nada mais justo que um chopp gelado e uma comida de boteco de primeira qualidade para acabar esse roteiro paulistano.

Exibir mapa ampliado
A - Praça da Sé; B - Pateo do Collegio; C - CCBB, Rua Alvares Penteado, 112; D - Viaduto do Chá; E - Theatro Municipal; F - Galeria do Rock, Rua 24 de Maio, 62 ou Av. São João, 439; G - Cervejaria São Jorge, na Praça Antonio Prado, 33.

* Segundo o Google, o circuito todo tem 2,2 km de extensão e pode ser percorrido a pé em 26 minutos. Mas eu aconselho você separar umas cinco horas para se divertir sem pressa por lá.

21 de jun. de 2011

O sítio do Julinho

O Julinho vai ter muitas festas juninas na vida dele, ainda mais depois do sucesso da primeira delas. A festa de 2 anos do Julinho foi no sítio do vovô, também conhecido como Sítio do Cafundó. Para criança da cidade, vamos combinar, melhor do que qualquer cama elástica ou piscina de bolinhas. Terra, lago, patos, pintinhos, cavalos, boi... E ainda uma decoração linda, simples e criativa, como deve ser uma festa de criança, certo? Em um passeio pela 25 de Março, a Nat montou a festa inteira.
Ao lado do bolo de fazendinha, os docinhos caseiros, como pingo de doce de leite e goiabinha, foram acomodados dentro de mini-mini-chapéus de palha. A Nat, inclusive, criou um fascinator caipira para ela, costurou o mini-chapéu em uma presilha e a prendeu no cabelo, ficou um charme a Kate Middleton de Sorocaba! 
Garrafas de vidro com areia serviram de suporte para o recorte de cavalinho, que também foi colado nas paredes. Cavalinhos de várias estampas comprados prontos, mas você, pessoa prendada, pode criar o seu próprio desenho. Na mesa de guloseimas, chapéus de palha com suspirinhos, pé de moleque, paçoquinha e muita comida boa. No teto, bandeirinhas.
Eu cheguei, ignorei os espetinhos Mimi e já ataquei o doce de abóbora, que estava divino. E tinha muito mais: bolo de fubá, canjica, arroz doce, vinho quente...
Em dois panelões, milho cozido e pinhão! Várias cestas com a fruta da época, mixirica, também enfeitaram o sítio. Aproveitando a produção local, sucos naturais de goiaba, manga, seriguela, laranja...
 As marmitinhas, encapadas com tecidos xadrez em diversas cores, foram recheadas com guloseimas juninas: paçoquinha, pé de moleque e afins.
 Mas a grande estrela da lembrancinha foi o cavalinho de pelúcia, uma aquisição 25 de Março também. Acomodados em um latão de leite, deixaram a decoração ainda mais linda.
O cavalinho ainda relincha e faz pocotó, pocotó. Lolinha saiu cavalgando e até agora não largou o cavalinho que tem até o cabo encapado com tecido. Coisa mais linda. Parabéns, Nat & family, a festa estava um arraso!

20 de jun. de 2011

Mamãe eu quero!

Nas minhas andanças pela internet, descobri no carnaval esse site de fantasias para crianças só com roupinhas lindas e confortáveis, o Mamãe eu quero! Baianinha de vestido de babados, marinheiro descolado, palhacinho... Tudo muito carioca e despojado, como mostra as fotos no blog. Daí descobri que uma das minhas melhores amigas virtuais, a Mãerina, é amiga não-virtual da Juliana, uma das sócias da loja. E não me aguentei na hora que vi os vestidos juninos, com esse mini-chapéu de palha! Mandei um email de mãe desesperada e a Juliana foi super ágil e atenciosa, em três dias minha fantasia saiu do Rio e chegou aqui no interior. O vestido é super bem feitinho, cheio de detalhes e o mini-chapéu... Sucesso absoluto de público e crítica em todos os arraiás frequentados pela minha caipira. Para completar o look, comprei um botina no largo do Mercado de Tatuí. Não que eu seja coruja, mas Lolinha arrasou. Se você tem um pequeno, dá uma olhada lá no site. A Juliana promete ampliar a grade ano que vem... OBA!
Lola com as pintinhas tradicionais Gallo. Uma no centro e cinco pintinhas em volta. Mas reparei que cada mãe traz de herança um estilo de make junina: muitas pintas aleatórias, três pintinhas formando um triângulo... Qual é a sua?

16 de jun. de 2011

Fondue light

Eu nem posso dizer que fiz um fondue para os amigos porque, sinceramente, o cansaço, a preguiça e o frio me impediram de sair do lado da lareira. Para isso existem os amigos, não é mesmo? Está na moda dizer que fondue é brega, piegas. Mas eu adoro ser piegas, gostar das coisas gostosas da vida. Acho uma delícia fondue e, melhor, de fácil execução. Nunca fiz fondue de carne porque, além da sujeira, nem acho tão saboroso assim. Vou no de queijo mesmo e no de chocolate com frutas.

Para o último fim de semana, comprei o fondue pronto (Tirolez) e achei ótimo. E, em vez de servir o fondue apenas com pães, servi também com champignon, cenoura e tomatinho cereja. Aprendi isso em um fondue na Suíça (desculpa aê) e adorei a ideia, incorporei. Em Zermatt, comi fondue com mini-cenouras, couve de bruxelas, mini-batatas, mini-milho, brócolis... uma delícia - e mais light. Assim, o jantar não fica tão pesado. Em qualquer dia desses de menos de 10 graus, experimente. Se for na companhia de velhos e bons amigos, de algumas garrafas de vinho, muitas risadas e lareira, mais perfeito será.

14 de jun. de 2011

Cassoulet-espanta-frio

Enquanto o frio estiver por aqui, quero mais é me agarrar no feijão e na calabresa, se é que vocês me entendem. E está aí uma variação para a feijoada, o cassoulet, ou feijoada branca, como muitos dizem. O cassoulet é mesmo bem parecido com a feijoada, daquela receita que você coloca um tantinho disso, outro daquilo e dá um tantão. O que dá o sabor diferente é a pimenta cahiena, que deve ser usada com moderação para os que não são tão fãs. Se não tiver pimenta, vá sem ela mesmo. Sirva bem quente para o frio passar mais rápido.

Para 8 pessoas bem servidas
O que usar:
- 1 kg de feijão branco;
- folhas de louro;
- 1/2 kg de pernil;
- 1/2 kg de paio;
- 1/2 kg de linguiça calabresa;
- 1 pitada de pimenta cahiena;
- 2 caldos de carne;
- 3 cebolas;
- 2 tomates;
- bacon, bastante bacon;
- cheiro verde;

Como fazer:
Acho que existem milhões de maneiras de se fazer cassoulet, mas em casa fazemos assim. No dia anterior, deixe o feijão coberto com água e coloque algumas folhas de louro. No dia seguinte, pique duas cebolas e o bacon e refogue tudo já na panela de pressão. Junte a linguiça e o paio fatiados. Quando estiver tudo bem fritinho, coloque o tomate. Quando ele murchar, o feijão com a água e os caldos de carne. Feche a pressão por 10 minutos.

Em um panelão refogue 1 cebola e mais bacon (eu disse que era bastante). Frite o pernil já cortado em cubinhos. Despejamos o feijão no panelão e tempere o cassoulet com pimenta cahiena. Por causa do caldo de carne, provavelmente não será preciso sal. Ficou bom demais! 
* Na França, em Carcassonne, mais especificamente, comi cassoulet gratinado... Bom demais! 

10 de jun. de 2011

Mingau de milho verde

Ah, como a Renata é prendada, adora ralar milho para preparar o mingau. Mentira! Tenho de confessar que tudo que eu escrevi no Mapa da Cachaça é verdade. Eu amo pinga, amo mingau de milho verde, mas... O prato é tão típico aqui em Tatuí que tem até gente que ganha a vida ralando milho. Eu compro o caldo do milho pronto na dona Nadir, o que facilita e muito o preparo. Mas se você não mora aqui por essas bandas, eu digo que vale a pena fazer o mingau. Para o trabalho ficar mais divertido, leve os amigos para a cozinha. Certeza que não irá se arrepender...

Mingau de Milho Verde de Tatuí
Para 4 pessoas
O que usar:
Para o mingau:
- 10 espigas de milho (que renderão 1 litro de caldo de milho);
-  a mesma quantidade de água (1 litro);
- 1 colher de sopa de manteiga;
- 1 cebola picadinha;
- 2 dentes de alho picados;
- 1 tablete de caldo de galinha;
- sal e pimenta a gosto;

Para o frango ensopado:
- 1,5 kg de frango em pedaços temperado (eu uso coxa e sobrecoxa cortado à passarinho);
- 1 col. (sopa) de açúcar;
- 1 cebola picada;
- 2 tomates picados;
- 1 lata pequena de extrato de tomate;
- água;
- cheiro verde;

Como fazer:
Para fazer o caldo de milho:
Em Tatuí, o prato é tão típico que tem quem venda o caldo do milho pronto, o que facilita bastante. Mas você também pode fazer, sem essa ajuda. Passe a faca na espiga e, com o mínimo de água, bata o milho no liquidificador. Peneire. Se você achar que ficou ralo demais, junte uma colherada da mistura que ficou na peneira no líquido. Dez espigas dão, em média, 1 litro de caldo de milho. Reserve.

O mingau:
Em uma panela, tempere a água, como diz o povo de Tatuí. Derreta a manteiga e refogue o alho e a cebola. Depois junte o tablete de caldo de galinha e 1 litro de água – sempre será a mesma quantidade do caldo de milho. Quando a água estiver quase fervendo, junte o caldo de milho aos poucos. Mexa sem parar por cerca de 30 minutos. Tempere com sal e pimenta.

O frango ensopado:
Em uma panela, polvilhe o açúcar. Assim que ele começar a caramelizar, coloque o frango temperado (com sal, pimenta do reino e limão). O açúcar deixa o frango douradinho, além de dar um gosto especial. Depois de dourar o frango, acrescente a cebola e o tomate. Quando a cebola e o tomate murcharem, junte o extrato de tomate e um pouco de água, para refogar o frango. Deixe cozinhando e, para finalizar, acrescente o cheiro verde picado.

Finalização:
Para servir, coloque no prato o mingau de milho e, por cima, o frango ensopado. Tempere o prato com algumas gotinhas de limão, de preferência, o limão-rosa. Fica uma delícia. Eu garanto.