26 de mai. de 2014

Exploradora de Pinacoteca

Morar no interior é ó que delícia, ó que tranquilidade, e, eu completo: ó que falta de opção de lazer! Posso dizer isso por minha cidade, Tatuí, que não tem um parque público, nem um Sesc (lágrimas), apenas um museu pequeno e bem conservado (que já fomos incontáveis vezes) e um cinema mambembe. Em dias de chuva, nem na praça dá para ir - e nem trocar figurinha do álbum a Copa! E foi por isso que, no último final de semana chuvoso, fomos para Sampa para explorar algumas de suas muitas opções indoor. De bate e pronto tinha na cabeça três lugares que queria visitar - e nenhum deles era shopping! Todos eram museus, que eu e marido sempre amamos e as meninas adoram, cada vez mais.
Fazia bons anos que eu não ia à Pinacoteca do Estado e, depois de ver no IG uma dica de um kit para crianças desenvolvido pela Educateca, decidi ir para lá. Mesmo sendo sábado, mesmo com chuva, deu para estacionar o carro na área do museu e percorrer as salas sem muvuca. Estacionamento e visita gratuita.
Não há informações claras sobre o kit de jogos, nem sei há quanto tempo funciona, mas, ao chegar, fui me informar no balcão da Educateca. Escolhemos o kit básico, que vem com uma sacolinha, bloquinho e lápis e - Lola amou! - um binóculos, um broche e um livro com pistas sobre obras de arte espalhadas pelas 11 salas do acervo. Sempre que vou a museus brinco de caça ao tesouro, instigando a curiosidade delas, na Pinacoteca está bem fácil e gostoso fazer isso.
Com a imagem reproduzida, a cada página há três pistas: a imagem está perto de um objeto quente; o desenho está em um quadro com céu com poucas nuvens; o espaço é tão grande que nem dá para notar a quantidade de pessoas dentro dele. E assim foi; num záz passamos pelas obras da Pinacoteca, um prédio lindo que vale visitar e voltar sempre.
Além do acervo, está em cartaz a exposição Zero (até 19 de junho), que conta com duas instalações de espelhos e luzes que as meninas adoraram. A obra suspensa de Laerte Ramos (até 29 de junho) também chama atenção, mas o que elas mais amaram foi o chafariz colorido da Niki de Saint-Phalle. As "Nanás" cospem água pela boca, braços e tetas.. uma diversão.
Além deste kit explorador há algumas opções de jogos, com diferentes níveis de dificuldade: moleza, dureza e racha-cuca. Não testamos, mas as caixas pareciam bem bacanas. Na visita à Pinacoteca, sem chuva, ainda dá para passear pelo verde e pelas esculturas do Parque da Luz, que é um dos mais lindos da cidade, e admirar de perto a Estação da Luz, é só atravessar a rua.

Uma van também leva de graça os visitantes até a Estação Pinacoteca, ali perto. É lá que está a obra da Tarsila do Amaral, que eu esperava encontrar na Pinacoteca e já fui falando para a Lola. A obra (São Paulo) do acervo da Pinacoteca está, me informaram, junta com outras quatro da Tarsila na Estação.
Na Pinacoteca, com vista para o jardim, também tem um café bem aconchegante, que tem sempre duas ou três opções de pratos para almoço, mais pão de queijo, brigadeiro e outras delícias.
* Na foto, Lola analisando o caipira de Almeida Júnior e o Mestiço de Cândido Portinari.

** Já escrevi sobre criança + museu por aqui também, vai lá.