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11 de set. de 2013

Casa Cury

Não sei se acontece em todas as profissões, mas na minha muitos colegas sonham em fugir da redação e abrir um bar. Não sei se pelo excesso de plantões ou pelo gosto pela boemia, fato é que, há três meses, São Paulo ganhou mais uma casa de jornalista. Uma casa mesmo, não um bar, a Casa Cury, um restaurante árabe com pratos deliciosos e preços honestos.
Foi uma amiga que me indicou o restaurante, que fica em Perdizes, na Apinajés, e, no que fui pesquisar, reconheci a dona, ex-colega de Estadão. A Casa Cury é comandada por Alessandra Porro, jornalista cansada de redações que tem no currículo curso de gastronomia na Itália, e Celso Cury, seu marido, publicitário que tem em seu portfólio dezenas de receitas de família.
Pelo restaurante, em quadros e porta-retratos, parte da história dos dois - a casa deles, diz Alessandra, está com as paredes vazias. Alessandra fica no salão com seu bom papo enquanto Celso, neto de Inácio, o senhor aí da foto; na cozinha. Estivemos lá rapidamente semana passada, tempo suficiente para provar três dos pratos do cardápio, todos deliciosos.
Acampanhado pelo chopp Bamberg, da minha vizinha Votorantim que não conhecia e adorei, provamos duas das especialidades da casa: o falafel em forma de aperitivo - é também servido no prato e como sanduíche -, e o Shawarma, sanduíche de carne no pão folha com pepino, tomate, cebola e temperinhos mil. Os pratos custam, em média, R$ 18.
O marido ainda caiu de amores pelos ovos com basturma e coalhada. Nunca tinha ouvido falar em basturma, que parece um embutido, mas não é. Alessandra nos explicou que é uma carne curada, temperada com páprica e feno grego, bem popular na Armênia. Seu fornecedor, um senhor armênio, diz que, a cada dez quilos de carne, sobra-se três depois do seu preparo. É uma espécie de carne seca (pode ser?), um prato clássico de café da manhã, mas que marido nem ligou e degustou durante a noite, com chopp. 
A Casa Cury já recebeu no seu pouco tempo de vida diversas críticas positivas e eu, humildemente, também recomendo. Para uma refeição rápida, para um happy hour, um almoço de final de semana, ai que delícia, vai lá!

* Fotos minhas e da FanPage da Casa Cury.

23 de nov. de 2012

Rio: Quadrucci

Na viagem ao Rio eu, como de costume, já fui com uma listinha de lugares a ticar. E nela estavam o Zazá Bistro, os botecos Bracarense, delicinha para happy hour, e o Chico e Alaide, que não conseguimos ir. Afinal, viagem de 3 dias com 2 crianças 2 botecos seria demais. Em vez do segundo boteco, acabamos achando e adorando o Prima Bruschetteria, lugar descoladinho e gostoso, daqueles que você conhece e pensa: Como ninguém teve esta ideia antes!
Mas, voltando aos restaurantes, amigos haviam me indicado o Quadrucci e foi lá que fomos almoçar e comemorar os 40 anos do marido. O restaurante faz a linha mais arrumadinho, mas tem uma varanda deliciosa. Com carrinho de bebê e uma menina falante, escolhemos a mesa bem ao fundo do salão, que não é dos maiores, para não incomodar os outros clientes. E chegamos cedo, fora da hora do rush.
A grata surpresa foi ver no cardápio ostras frescas, para delírio do aniversariante. Não gosto de ostras e fui de carpaccio de abobrinha, leve e delicioso, daquelas boas ideias para tentar reproduzir em casa. De prato principal, marido adorou o canelone de siri e eu amei os camarões com arroz de laranja, aspargos e cenoura que eu, por sorte, comi quentinho por um erro do garçom, que anotou errado meu pedido. E, o que era para ser um desastre, foi ótimo. Enquanto meu novo prato era preparado, almoçou o marido e, depois, eu. Quem é mãe entende, não? De sobremesa, fondant de chocolate belga com morangos e uma velinha para Lola soprar. Delícia.

7 de nov. de 2012

Rio: Zazá Bistrô

Faz alguns pares de anos que, de táxi, passei em frente ao Zazá Bistrô. Ao ver aquela casa de esquina em Ipanema, com uma varanda bem gostosa cheia de almofadas coloridas, me deu uma vontade de pedir para parar. Mas estava no Rio a trabalho e uma pauta me esperava. Acabei anotando Zazá Bistrô no meu bloquinho - e na minha cabeça. Mês passado, quando estive no Rio a passeio com a família, logo coloquei o Zazá na minha lista. Ainda mais depois que vi no site o cardápio, que faz a linha natureba com boas opções thai. O chef Pablo Vidal, também li, foi eleito revelação algumas vezes.
Enfim, fiz uma reserva para o almoço de sexta-feira, afinal, sou uma mãe de família com noção e sei que chegar a um restaurante no horário de pico com uma criança serelepe e um bebê no carrinho pode ser um problema. Na sexta, inclusive, rola um menu fechado com entrada-pratoprincipal-sobremesa a R$ 39,90. Ótima oportunidade.
Mas foi abrir o cardápio e ler "camarão thai" para esquecer o bom negócio do menu executivo. Camarão com pedaços de abacaxi, abobrinha, coentro, cogumelos ao molho de curry vermelho picante servido com arroz de cardamomo. Esta seria minha estreia no Rio. Se eu gosto de coentro? Não muito, mas não seria eu que iria dizer ao chef de boa reputação mudar o prato que ele criou. Não me arrependi, estava divino, com gosto suave de coentro e um picante delícia. O marido foi de namorado grelhado com banana da terra, pupunha e aspargos - e também ficou bem feliz.
Paulista que sou, vou dizer que o atendimento é simpático, mas não dos mais eficientes. O garçom não sabia do menu executivo, que eu sabia, não sabia explicar os adesivos colados no menu (2 pratos a R$ 55), a reserva era para 12h30, mas o restaurante só abriu uns 15 minutos depois porque "tinha um funcionário que ainda estava almoçando". Enfim, estava de turista e saí de lá bem feliz e satisfeita, ainda mais depois de provar o devil's cake, um bolinho de chocolate rústico acompanhado de sorbet de limão siciliano. Saí de lá tão feliz e satisfeita que fiz até um pitstop no banheiro (que tem música bem alta, espelhão e frases e quadros diversos na parede) para um auto-retrato com a Anita. Fala aí, quem tira foto de óculos de sol no banheiro do restaurante é uma pessoa feliz, não?
* O restaurante estava bem vazio, mas sempre é bom fazer reserva pelo site. No andar superior do casarão há um ambiente incrível, com tapete felpudo, mesas baixas e muitas almofadas espalhadas. Pode ser perfeito para uma reunião com os amigos ou... um espaço kids para as crianças!

9 de jan. de 2012

Casa Manteca, Cádiz, Espanha

O Ano Novo também foi dia de despedida, de desejar boa sorte para a Gabi, minha irmã mais velha que se mudou para a Espanha. Por isso, é certo que este ano haverá alguns posts especiais da minha correspondente mais que especial. Faz alguns dias que Gabi se instalou em Cádiz, cidade do sul da Espanha, e, por lá, já conheceu lugares pitorescos como este, a Casa Manteca.
No final de semana, Gabi fez sua primeira incursão pelo "casco antiguo" de Cádiz. Mesmo com pouco tempo de estadia, ela já percebeu algumas mudanças de hábitos. Por lá, o almoço, seja aos finais de semana ou em dias de branco, como diz meu pai, o povo almoça tarde, por volta das três da tarde. E foi neste horário que ela chegou à Casa Manteca.
Segundo consta, diz Gabi, esse bar - bem com cara de boteco - foi de um famoso toureiro gaditano (como são chamados os nascidos em Cádiz) e foi morto em ação, no dia do touro, por um animal furioso. Desde 1953, o estabelecimento vem passando pelas gerações da família e lá se pode comer tapas regionais, além de tomar uma bela cerveja, claro.
Na foto, "carne al horno e quesos", servidos de modo inusitado, em folhas de papel. Olé.
* A Casa Manteca fica na Calle Corralon de los Carros, 66. Cadiz, Espanha.

30 de nov. de 2011

Garcia & Rodrigues

Por uma daquelas ironias da vida, o carioquíssimo Garcia & Rodrigues fechou seu tradicional ponto no Leblon e abriu uma filial em São Paulo, no novo Shopping Vila Olímpia. O Garcia & Rodrigues é uma espécie de brasserie/restaurante, com vitrines de encher os olhos, e serve desde lanches até pratos mais sofisticados.
Para pessoas-carboidratos como eu, a vitrine de pães é de chorar de emoção. Logo na entrada, os doces e os pães ficam à vista e, por ali, em uma ambiente super aconchegante, com muita madeira e piso de ladrilhos hidráulicos, são servidos pratos rápidos. Na minha primeira visita fiquei por ali e degustei um hot dog granfino delicioso, com salsichão, brie e mostarda Dijon.
Da segunda, acompanhada do marido, fomos provar os pratos do restaurante, que também é muito agradável. No centro do restaurante há uma ilha-bar, de onde saem várias caipirinhas de frutas. No cardápio, pescados, carnes e aves e massas, ou seja, de tudo um pouco, para todos os gostos.
O marido estava inspirado e escolheu a codorna ao forno com pêras e uvas e eu fui de... carboidrato, fettuccini com cogumelos.
Para facilitar a vida agora nas festas de final de ano, o Garcia & Rodrigues pode ser uma boa pedida. Eles também têm uma rotisserie e preparam patês, terrines, foie gras e canapés diversos. Delícia.

13 de set. de 2011

Brasserie Victória

A Brasserie Victória é um dos clássicos do Itaim Bibi, em São Paulo. E não é por sua decoração, praticamente inexistente, nem pelas suas garçonetes-senhorinhas, mas pelas delícias que saem da sua cozinha há algumas décadas. A qualquer dia da semana, está sempre lotada - de senhorzinhos do bairro, de famílias inteiras e pessoas que trabalham ali perto da Juscelino Kubitschek.
Para mim, é lá que se faz a melhor esfiha de carne de São Paulo. Eu prefiro a fechada, com massa bem leve e fininha, que desmancha na boca, mas há opções de massa folhada, aberta e outros recheios. Outro ponto positivo é o atendimento ágil. Sabe aquele dia que você quer comer bem, mas não quer esperar 40 minutos pelo seu prato? Então, este é o lugar.
Outro prato que nunca resisto é o arroz com lentilha, bem escurinho, que vem com cebolas caramelizadas por cima. Ou escolho o charutinho de repolho, ou a kafta ou o michui, todos uma delícia. A vitrine do restaurante é outra perdição, cheia de doces árabes e também colahada seca, homus, babaganuche, xancliche, pão sírio... Dá para pedir em casa (no site eles têm até um orçamento online para eventos super prático), dá para comer lá à la carte ou, para os famintos, encarar o rodízio. Delícia.

23 de ago. de 2011

Eataly NY

“We cook what we sell and we sell what we cook.” O slogan do Eataly é simples, assim como a ideia deste mercado nova-iorquino: reunir o melhor da Itália em um único lugar. Mas e para conseguir montar um espaço tão agradável e tão descolado? Nada simples. Presuntos e linguiças pendurados, placas bem humoradas, fotos lindas ao lado de frases como "Tutto ciò che vedete lo devo agli spaghetti" (Tudo o que você vê eu devo ao spaguetti), de Sophia Loren. Mas o Eataly, indicação da minha cumadre Fran, não vende só spaguetti.
O mercado de luxo que fica em frente ao Madison Square Park vende de tudo (de bom) um pouco. Há cafés, massas frescas, molhos, pães, antepastos, embutidos... Uma perdição. Lá dentro há vários restaurantes como o Manzo (carne), La Pizza & Pasta, Il Pesce, Le Verdure e La Piazza (lotada no happy-hour e ideal para petiscos). É só passar pelos espaços e ver qual deles te apetece, nada mal.
Quase perdemos o foco, mas respiramos fundo e conseguimos não sucumbir e passar batido por todos os cinco restaurantes do térreo. É que outra dica, angariada no Whriz, da Antonella, me informou dias antes que outro restaurante do Eataly não fica tão exposto. Para chegar até a Birreria é preciso usar o levador e descer no 14º andar do edifício, mais precisamente, no telhado - ou rooftop, se você preferir. Uma escada preta e um monte de barris de chopp sinalizam o caminho.
Mais um ponto para o verão em NY. Um restaurante incrível a céu aberto, com vista para o Empire State Building, para o relógio do banco suíço, para aquele prédio linguiça lindo (Flatiron Building) e para uma lua maravilhosa. Ô clima bom! E, no balcão, além de várias cervejas à disposição, de inúmeras partes do mundo, tonéis com vinhos - vai que você não gosta de cerveja, né? Tem também.
Na foto, o Empire ao fundo e algumas das opções de chopp. Nos barris, uma lousa indicava o tipo da uva.
Tivemos de esperar uns 20 minutos por uma mesa. No problem. Ainda mais quando se pode ir degustando alguns choppinhos. Quando nos sentamos, a garçonete, filha de português, logo trouxe um embrulho de papel com pão italiano e despejou azeite em um prato de sobremesa. Como somos metidas, ainda pedimos para ela moer pimenta do reino no azeite e nos trazer uma tábua de presunto cru.
No cardápio tem carne grelhada, mix de cogumelos, peixes... Como se fosse um apanhado de tudo o que há no térreo. Eu fui na indicação da Emma, que virou quase nossa mais nova melhor amiga, e escolhi o ombro de porco (shoulder é ombro, certo?), um prato meio alemão, o que eu adoro. A carne não parece bonita aí na foto, mas para mim que comi, eu digo, é linda e maravilhosa. Acompanhada de repolho e mostarda bem picante. De quebra, salada temperada de batatinha.
Como o Eataly é aberto todos os dias, praticamente o dia todo, fizemos ainda um repeteco por lá. No primeiro dia nós não sucumbimos à pizza do térreo, mas acabamos voltando para para comê-la. E ainda mais pãozinho com azeite e pimenta do reino, mais presunto cru... para ficarmos mais felizes ainda.
* Na campanha por um Eataly em SP, mas com os mesmos preços justos de NY e a mesma simpatia de lá. É só cisma minha ou as coisas descoladas por aqui sempre soam blasé?

28 de jun. de 2011

Cervejaria São Jorge

Se o projeto de revitalização do centro de São Paulo, de fato, existe, se ele é bom ou ruim eu não sei, mas sei que, durante os dois dias que estive por lá, me senti segura e vi muitos policiais. Em cada ponto turístico tinha uma viatura e, acredite, alguns turistas com máquinas fotográficas penduradas no pescoço. Fomos ao centro por causa da exposição do Escher, artista que o marido ama. Foi muito legal ver a fila do lado de fora do CCBB e mais ainda ver as obras do artista (em cartaz até dia 17 de julho!).
Bom, fui ao centro por causa do Escher, mas, possivelmente, vou voltar por causa da Cervejaria São Jorge. É, até em passeio de família cabe uns bons choppinhos. Pelo que eu sei, até pouco tempo a cervejaria chamava-se Salve Jorge, como as dois botecos do Itaim Bibi e da Vila Madalena. Eu não sei agora se o pai de todas as crianças é o mesmo, mas o que importa é que a criança está bem cuidada. O bar fica em frente à Bolsa de São Paulo, no térreo de um prédio comercial. Na verdade, no térreo, no subsolo e no mezanino do edifício. Aos sábados, mesinhas se espalham pelo calçadão também.
A decoração é naquela estilo cacarecos. Atrás do balcão de chopp Brahma (R$ 5,10) cremoso, garrafas, engradados, rádios, caixas e garrafas de leite antigos. Nas paredes, quadros com caricaturas de diversos "Jorges", capacetes antigos, extintores idem. No teto, canaletas com centenas de garrafas de cerveja penduradas e lustres lindos. O lugar já impressiona pela decoração. Até o banheiro é bacana, com um painel de azulejos da artista Calu Fontes (se não estiver enganada), fotos do Rei Pelé e fitinhas de santos.
Ok, o banheiro de um boteco é parte importante do negócio, mas o cardápio também. Por lá, pratos de mãe - ou de vó, como a carne de panela de vó - dão água na boca. Para petiscar, fomos de linguiça aurora refogada com cebola, pimentão, tomate e pimenta biquinho. Depois da "entrada", feijoada de sábado (R$ 29) no prato. Dizem que a porção é individual, mas eu recomendo dividi-la. Além da feijoada, que vem em uma cumbuca, no prato tem arroz, couve refogada, um belo pedaço de carne de porco, farofa, mandioca frita, torresmo, banana frita e, de quebra, um pastelzinho! Tudo delicioso.
Aos sábados também tem apresentação de um grupo de chorinho. Os gringos, turistas oficiais, e os paulistanos, turistas oportunistas, aprovaram a música. Para quem gosta de pinga, duas páginas com diversas opções. A caipirinha vem acompanhada de picolé de frutas. Não provei, mas achei deliciosa! =)
A Cervejaria São Jorge já foi premiada como um dos melhores happy hour da cidade e funciona de segunda a sexta, das 11h30 às 23 horas, e, aos sábados, das 11 às 18h30. Mas para se sentar nessa janelinha aí é bom fazer uma reserva.

17 de mai. de 2011

Carlota

Se você estiver de turista em São Paulo e me perguntar: qual restaurante entre os milhares de São Paulo eu devo ir? Não vou titubear: ao Carlota. Mas o Carlota foi inaugurado na década de 90! Mas, querido, continua cheio, continua agradabilíssimo, com os muitos objetos de sua dona, Carla Pernambuco, angariados pelo mundo afora. É chapéu filipino-vietnamita-chinês para cá, panelinhas e colher de pau pra lá, cacareco para todos os lados, preenchendo as paredes e contando histórias. 
Mas o que eu mais gosto do Carlota é que ele não é um restaurante novidadeiro, aqueles com pratos modernex. Lá você não vai encontrar pratos como tucunaré ao molho de cupuaçu, chips de cajá e espuma de amendoim... O cardápio é criativo, sempre renovado, mas brasileiro na medida certa. E as estrelas principais do menu continuam lá. Camarões crocantes com risoto de parma eu comi há anos e semana passada também, sinto informar.
Não é só turista que precisa ir ao Carlota, paulistas também. Duas cumadres Made in Sampa não conheciam o restaurante e se apaixonaram por ele - e também pelos camarões. De entrada, fomos de rolinhos de berinjela com queijo de cabra. E, de prato principal, a Fê foi de linguado com fettuccine de pupunha. E o restante da mesa, eu, Ly e mini-Julita, de camarões crocantes - Oh yeah!
Daí você pensa que restaurante famoso serve porções de passar fome. Mas dá uma olhada no tamanho dos camarões e na quantidade de risoto. Ja aviso, se você se perder entre o couvert e a entrada, vai se arrepender. Na sobremesa também tem clássico Carlota: soufflê de goiabada com catupiry e pettit gateau de doce de leite. O pudim de fruta do conde, que há alguns anos morava no cardápio, se mudou. Mas quem sabe um dia ele volte. Como dizem, o bom filho...
* Se, por ora, não vai dar para fazer a visita fisica ao restaurante (o preço dos pratos principais custam cerca de R$ 50), dá para fazer uma bela visita virtual. O site do Carlota é uma delícia de navegar e lá você também conhece a mais nova casa da chef, a Gourmet Garage Las Chicas.

13 de mai. de 2011

Tre Bicchieri

O Tre Bicchieri tem o selo Fasano de qualidade, mas não faz parte do grupo. É que seus três sócios - ou suas três taças -, depois de trabalharem como gerente, chef e sommelier de casas do grupo, decidiram unir suas experiências em um vôo solo, no Itaim. Com paredes terracota com louças da Toscana, uma adega envidraçada para o salão e ambiente aconchegante, o Tre Bicchieri serve pratos clássicos italianos e, desde sua inauguração, tem angariado aplausos da crítica.
O atendimento é impecável, do tipo garçom-fantasma. No que você vê, sua taça está cheia, sem você notar. Para mim, é o melhor tipo de atendimento, sem bajulação. O serviço, o currículo e o know-how dos proprietários talvez explique porque boa parte do PIB paulistano estacionam seus carrões na porta do restaurante. Na foto, a entrada mais exótica, carpaccio de polvo, aprovado pela Gabi.
Mas, apesar dos empresários famosos, dos seguranças em vigília, os preços do restaurantes não são abusivos. Entradas custam cerca de R$ 25 e pratos, R$ 50. O marido foi de rigatoni com lascas de bacalhau, alcaparras e brócolis e estava divino.
Todos os pratos fizeram sucesso, como o papardelle com ragú de coelho e pimenta verde, pedido pelo meu pai. A única decepção foi o meu prato, spaguetti ao vôngole com lula e pimenta. Não vi lula, não senti a pimenta e achei o vôngole com "areia" demais e insosso. Já comi melhores, com certeza.
Todas as sobremesas também estavam ótimas, como essa massa folhada e o petit gateau de laranja, meu pedido, que me fez esquecer da frustração do prato principal.
O Tre Bicchieri, no entanto, não é nada child friendly. Apesar do garçom ter sido ultra atencioso, ter pedido especialmente para a Lorena uma polentinha deliciosa - e trazido o prato muito rapidamente -, não há nenhum cadeirão disponível. Como sou uma mãe esperta, levei a cadeirinha portátil de mesa, o que me salvou. No domingo em que estive no restaurante, havia mais um bebê, no carrinho, e alguns teens comportados brincando com seus joguinhos eletrônicos portáteis enquanto seus pais almoçavam. É um restaurante adulto.

No andar de cima do sobrado, no hall que leva aos banheiros, caixas de vinho servem de caxepôs. Idéia linda e simples. Para completar a decoração, muitos quadros, um espelhão e um lustre rococó. Bom gosto também é o forte do restaurante.

* O Tre Bicchieri fica na Rua General Mena Barreto, 765, bem próximo ao cruzamento da Brigadeiro Luis Antônio e Santo Amaro.