30 de abr. de 2011

Maní

As lindas e loiras Helena Rizzo e Fernanda Lima são sócias de um restaurante. Daí você, invejosa, pensa: deve ser restaurante de modinha, com comida meia boca e serviço ruim. Se bobear, a decoração é até chinfrin... Mas daí você conhece o Maní e descobre que ele é um dos restaurantes mais charmosos de São Paulo, que a comida é divina, que o serviço é ótimo e, sim, é a Helena Rizzo mesmo que fica na cozinha! Já estive lá com amigas, com o marido e no almoço com a família. Não é um restaurante com estrutura para crianças - a Lorena era a única no restaurante em um almoço de domingo -, mas foi muito bem recebida e adorou brincar com as pedrinhas do "quintal". Restaurante que tem predrinhas no chão podia ganhar selo de child friendly, não?
A fachada do Maní é bem simples, com um banco de madeira emoldurando uma falsa macieira. Na árvore, maçãs penduradas dão um charme extra. Ao entrar, um longo corredor, com um banco para a espera - que costuma ser longa - e, na parede, dezenas e dezenas de cacarecos: casas de passarinho, molduras, fotos, broches, colagens e alguns quadros, como esse lindo da foto acima. Do outro lado, a cozinha, onde pode-se ver a bela chef Helena Rizzo em ação. O restaurante é bem iluminado de dia e escurinho com luz de velas durante a noite. Olha que lindo esse sofá roxo!
Tá, o ambiente é lindo, mas o cardápio não fica atrás. Tem massas, carnes, peixes... tudo surpreendentemente saboroso e saudável. Além da carta de vinhos, sucos deliciosos como o de manga e maracujá e o de melancia com água de coco. E, olha que idéia boa, ainda há gelo de gengibre para quem quiser. Outra delícia são os chás. Confesso que não sou de tomar chá, mas lá no Maní eu encontrei o meu chá: maracujá, mel e gengibre. Em um jantar com amigas, após o jantar, nos acabamos nos chás e fomos dormir totalmente zen...
No alto, a entrada famosa: ovo perfecto, que é cozido por duas horas e meia a 63 graus. Entre as opções há algumas modernex, como o tartar de vieiras com leite de amendoim e caramelo de cardamomo. Destaque para o carré de cordeiro com farofa de castanha do Pará, que ganhou o Prêmio Paladar 2009, aprovadíssimo.
Um dos pratos lights, talharim de pupunha e o bobó de camarão com purê de mandioquinha e molho de cogumelos. SIM, dá para ser linda e competente.

* O Maní fica na Joaquim Antunes, em Pinheiros, ao lado de outros ótimos restaurantes e de lojinhas lindas, como a Silmara, capaz de enlouquecer até a mais centrada das mães.

29 de abr. de 2011

Au-au

No carro, na volta da escola:
- Mamãe, quero fazer cocô.
- Espera chegar em casa, filha. Não dá para fazer na rua. Imagina se vem um au-au e lambe o seu bumbum, credo!

No carro, na volta da escola, um dia depois:
- Mamãe, quero fazer cocô.
- Filha, espera que estamos chegando em casa.
- Na rua, mamãe!
- Filha, está maluca?
- Quero que au-au lambe bumbum, mamãe...

28 de abr. de 2011

Medalhão com pimenta rosa

A Mari, minha irmã prendada, acabou também testando uma receita publicada na última Casa e Comida, esse medalhão ao molho de pimenta rosa de dar água na boca. A receita saiu me uma seção fixa bacana da revista, A Cozinha Dele, que traz homens metidos a chefs que têm apartamentos lindos. Para mudar o bifinho de todo santo dia. 

O que usar:
Para 4 pessoas
- 4 medalhões de filet mignon de 150 g cada;
- 1 1/2 xíc. de vinho branco (chardonnay ou outro branco seco);
- 2 col.  de conhaque;
- 2 col. de vinagre balsâmico;
- 1 col. de açúcar
- 1 xíc. de caldo de carne (se for usar em tablete, dissolva meio cubo em uma xíc. de água);
- 1 punhado de pimenta rosa;
- 1 xíc. de creme de leite fresco;
- azeite;
- sal e pimenta do reino a gosto;

Como fazer:
Misture o açúcar e o balsâmico em uma panelinha e leve ao fogo baixo por cerca de 5 minutos, até reduzir à metade e ficar em consistência de calda, levemente caramelizada. Tire do fogo e reserve;
Em outra panela, junte o vinho e o conhaque e leve para ferver em fogo alto até reduzir à metade;
Acrescente o caldo de carne ainda em fogo alto, mexendo de vez em quando, por 15 minutos, até reduzir à metade novamente;
Acrescente a pimenta rosa, a redução de balsâmico e o creme de leite fresco. Deixe em fogo baixo por 5 minutos e mexa ocasionalmente, até o molho ficar cremoso;
Quando colocar os últimos ingredientes do molho, comece a preparar a carne: aqueça uma frigideira com um fio de azeite, em fogo alto, e coloque os medalhões. Grelhe um lado da carne, vire e tempere o lado já grelhado com sal e pimenta do reino. Vire e repita do outro lado;
Coloque os medalhões nos pratos, regue com o molho e sirva com aspargos grelhados;
Receita boa é assim, fica igual à foto da revista! 

27 de abr. de 2011

Zucotto de cookies & cream

O melhor de fazer matérias para uma revista tão linda como a Casa e Comida é que acabamos sendo obrigadas a degustar todo o menu. Muito chato! E na matéria da casa da Lú, do Studio da Lu, quem elaborou e executou o cardápio foi a chef Sylvia Cury. E, entre delícias como ratatouille, fritada de camarão e polenta com ragu de filet, eu me apaixonei pela sobremesa. Linda e gostosa: zucotto de cookies and cream. Fiz em uma taça média-grande, mas, da próxima, farei em taças menores. É delícia, mas como é doce, muito doce, pode ser servida em porções menores. Para quem curte altas doses de glicose na veia!
Zucotto* de cookies & cream
O que usar:
Para 6 taças como as da foto
- 1 pacote de biscoito champagne;
- 500 ml de creme de leite fresco;
- 4 col. de açúcar;
- 2 latas de leite condensado;
- 3 col. de chocolate em pó;
- 1 col. de margarina;
- 200 ml de vinho do Porto (dá para sentir o gosto de álcool, se quiser algo mais suave, use 100 ml);
- 1 pacote de cookies de chocolate;

Como fazer:
{O ideal é fazer a sobremesa 1 dia antes, para ela ficar bem geladinha}
Faça um brigadeiro com o leite condensado, o chocolate em pó e a margarina;
Bata um chantilly com o creme de leite e o açúcar; {Aqui como fazer chantilly (com e) sem traumas}
Molhe os biscoitos champagne no vinho do Porto;
Monte a sobremesa em taças, fazendo camadas com biscoitos molhados, chantilly, brigadeiro e cookies de chocolate moídas até terminar com chantilly e polvilhar com chocolate em pó. Enfeite com cookie de chocolate e leve para a geladeira, de preferência, por 10 horas antes de servir.
* Zucotto é uma espécie de pão-de-ló recheado com creme e chocolate, servido gelado. A receita, de origem italiana, tem inúmeras variações como a que é feita com panetone.

26 de abr. de 2011

Chantilly (com e) sem traumas

Pode dar uma googada aí, toda receita de chantilly é igual: creme de leite fresco, 4 colheres de açúcar e batedeira. Bater até formar picos firmes. E, logo em seguida, um recadinho: cuidado para não virar manteiga!

E eu, uma blogueira de culinária de sucesso, cof, cof, não ia falhar em uma receita tão simples... Trick-trick!! Seguinte, vou confessar, no auge dos meus 32 anos eu nunca tinha feito chantilly. Daí quis tentar, mesmo porque a receita era uma delícia, já havia provado em uma pauta da Casa e Comida. E para que comprar o chantilly pronto por 18 conto se o creme de leite custa 8, né?

Para bater chantilly você precisa de 5 minutos. Mas eu levei duas horas. Descubra porquê.

CHANTILLY COM TRAUMAS
No supermercado, vá até a geladeira e compre uma garrafinha de 500 ml de creme de leite fresco. Coloque a compra no porta-mala do carro e dê uma passadinha na banca de jornal e em mais 2 ou 3 lugares. Coloque a conversa em dia com aquela amiga que não vê faz tempo e volte para casa. Ah, tudo em um sábado de muito sol e calor. Tire as compras do carro e, já na cozinha, despeje o creme de leite fresco na batedeira, as colheres de açúcar e ligue a batedeira. E aí eu pergunto, tem como dar certo?

NÃO! O creme de leite fresco tem de estar gelado. "Eu até coloco alguns minutinhos no freezer, Rê", diz sua amiga do outro lado da linha, a quem você sempre pede socorro. Bom, a vantagem é que agora eu sei o que significa: "cuidado para não virar manteiga".

CHANTILLY SEM TRAUMAS
O que usar:
- 500 ml de creme de leite fresco GELADO;
- 4 col. de açúcar;

Como fazer:
Faça o mesmo processo anterior. Mas, ao chegar em casa, coloque o creme de leite fresco no freezer por cerca de 15 minutos. Junte o creme de leite e o açúcar na batedeira em velocidade alta. Enquanto bate, mentalize: picos firmes, picos fimes, picos firmes... Não deu nem 2 minutos e lá estavam meus picos firmes lindões. Gente, é super fácil fazer chantilly!
* Com o chantilly, inauguro uma nova categoria por aqui: A-B-C.

25 de abr. de 2011

Revista Casa e Comida

Eu não conhecia a revista Casa e Comida, da Editora Globo, até uma amiga me apresentá-la e me sugerir que fizesse frilas para lá. Revista com receitinhas gostosas e dicas de como receber bem, frescurinhas mil e texto bacana? Era o trabalho-terapia que eu precisava. Quando comprei a primeira edição fiquei impressionada, as fotos são um espetáculo, revista linda, linda. Quem assina a produção é a Pixu, uma espécie de Marta Stewart gente boa.
Na revista que está nas bancas fiz três pautinhas, uma delas é a da capa, um Encontro sem Cortes, com cardápio para ser degustado sem faca, em uma reunião com conversa à toa e riso solto. O encontro foi feito na casa da querida Lu, que, junto com a fofíssima da Carol, fazem o Studio da Lu. Aqui, as fotos que a Lu postou no dia que estivemos lá, com os bastidores da nossa bagunça.
Fiz também uma matéria sobre dips diferentões, receitas simples para fugir do amendoim no próximo encontro com os amigos. E o legal da revista é isso, receitas sem complicações - com apresentações lindas! Aqui no blog, essa semana, eu e Mari, minha irmã prendada, vamos reproduzir duas delas. Lindas e deliciosas.

* Fiasco a minha brincadeira de Onde está Wally? Até minhas amigas não me acharam na foto! Pois, Tatinha, eu estou sentadinha próxima à janela. Juro!

21 de abr. de 2011

Vinhos para a Páscoa

Você é daqueles que fica horas analisando a prateleira de vinhos do supermercado e nunca sabe o que colocar no carrinho? Então essa seleção é para você. Marcel Monteiro, que assinará por aqui a coluna mensal Adega M, fez uma seleção de cinco rótulos que estão à venda nas grandes redes de supermercados. Para acompanhar o bacalhau desta Páscoa, seguem cinco opções de vinho tinto, em diversas faixas de preço. É só anotar na lista de compras e... tim-tim.

- Português Tinto Alentejo REGUENGOS, R$ 21,29;
- Espanhol Tinto Reserva CLOS DE TORRIBAS, R$ 35,90;
- Australiano Tinto Cabernet Syrah JACOBS CREEK, R$ 40,55;
- Italiano Tinto DOLCETTO D ALBA - BATASIOLO, R$ 50,18;
- Português Tinto ESPORÃO, R$ 85,90;

* Todos os rótulos abaixo podem ser encontrados na rede Pão de Açúcar, nas lojas e no site.

20 de abr. de 2011

Bacalhoada

Eu amo bolinho de bacalhau, adoro a facilidade do arroz de bacalhau, acho delicioso bacalhau no forno, mas o meu voto é mesmo da bacalhoada tradicional. A sexta, e última, receita é da minha mãe, que aprendeu a fazer esse prato com minha tia Maria, portuguesa-com-certeza. Esse prato é dez, nota dez (ler com voz do locutor da apuração da Sapucaí). Dicas de como preparar o bacalhau você já tem, amanhã tem sugestão de vinho.

Bacalhoada 10, nota 10
O que usar:
Para 6 pessoas
- 1 kg de bacalhau;
- 1 kg de batata;
- 4 pimentões entre verde, vermelho e amarelo;
- 2 cebolas grandes;
- 6 tomates;
- azeitona chilena;
- cheiro verde;
- 1/2 vidro de azeite;

Como fazer:
Dois dias antes, coloque o bacalhau em uma vasilha com água e o deixe na geladeira. A cada dia, troque a água. No dia que for preparar o prato, afervente o bacalhau - e despreze a primeira água. Afervente novamente e, quando ele ficar macio, prove para ver se ele não está muito salgado (se tiver, troque a água novamente). Escorra a água, deixe o bacalhau esfriar e desfie-o grosseiramente, retirando os espinhos (eu gosto que ele fique com lascas). 

Hora de montar a bacalhoada. Em uma panela funda, coloque primeiro batatas cortadas bem grossas, para não queimar ou grudar o fundo. Em seguida, faça camadas com o bacalhau em lascas, pimentões, tomates, cebolas, tudo em fatias finas, azeitonas. Novamente: batata, bacalhau, pimentões, tomate, cebola, azeitona... até completar a panela. A última camada tem de ser  batata. Regue com bastante azeite, salpique com cheiro verde, e leve ao fogo baixo por cerca de 1h30. Se quiser, forre a panela toda com folhas de couve: no fundo, na lateral e, por cima, cobrindo a bacalhoada.

19 de abr. de 2011

Bacalhau ao forno


Esse bacalhau ao forno é uma espécie de bacalhoada horizontal. São os mesmos ingredientes, mas cortados grosseiramente. Pimentões, cebola, batata, tomate... tudo em pedaços grandes. Salsinha, azeitona chilena inteira e azeite para regar. O cheiro que sai do forno vai deixar até o vizinho com vontade. 

O que usar:
Para 6 pessoas
- 1 kg de bacalhau;
- 1 kg de batata;
- 4 pimentões entre verde, vermelho e amarelo;
- 2 cebolas grandes;
- 3 tomates;
- azeitona chilena;
- cheiro verde;
- azeite;

Como fazer:
Dois dias antes, coloque o bacalhau (inteiro) em uma vasilha com água e o deixe na geladeira. A cada dia, troque a água. No dia que for preparar o prato, afervente o bacalhau - e despreze a primeira água. Afervente novamente, para dessalgá-lo. (Ele vai cozinhar um pouco, mas a ideia não é cozinhá-lo). Escorra a água e o corte em postas grandes. Corte os legumes grosseiramente. Para agilizar o tempo de forno, dê uma pré-cozida nas batatas. Arrume os legumes e o bacalhau em uma assadeira, regue com bastante azeite e leve ao forno médio coberto com papel alumínio. Cerca de 25 minutos depois - quando a batata estiver já macia -, retire o alumínio e deixe por mais 15 minutos, mais ou menos, para dourar.

18 de abr. de 2011

Bacalhau à moda de Queluz

Queluz é uma cidade portuguesa e é de lá que vem essa receita que a Mari, minha irmã prendada, me mandou. Para quem está chegando agora, vale uma breve apresentação. A Mari é uma das minhas três irmãs e é aquela que ama comprar louças, colherzinhas, toalhas, cumbuquinhas, porta-guardanapos... Aquela que, quando recebe os amigos em casa, faz entrada, prato principal e sobremesa. Aquela que executa com maestria receitas de várias etapas, cheias de salamaleques. E essa receita é assim, deliciosa, mas trabalhosa. Para quem quer inovar nessa Páscoa.

O que usar:
- 1 kg de bacalhau com pele e espinhas demolhado;
- 600 g de cenoura descacada e ralada fino;
- 500 g de cebola picadas finamente;
- 5 dentes de alho picado;
- 3 pães francês amanhecidos;
- 1 xíc. de azeite;
- sal;
- 8 col. (sobremesa) de parmesão ralado;
- 2 xíc. de leite integral;
- 3,5 l de leite integral;

Como fazer:
1. Cozinhe o bacanhau com espinha e pele em 3,5 l de leite por 15 minutos, escorra e reserve o leite (que será usado no molho bechamel). Faça um molho bechamel* com o leite do cozimento do bacalhau. Retire as espinhas e a pele do bacalhau e desfie em lascas.
2. Umedeça o pão em 2 xícaras de leite e esprema bem, despreze o leite.
3. Aqueça o óleo em uma panela, refogue cebola, alho, cenoura e bacalhau, corrija o sal, acrescente metade do bechamel à mistura de bacalhau.
4. Coloque a mistura de bacalhau em um refratário, cubra com a outra metade do bechamel, faça uma camada com o pão umedecido e polvilhe com parmesão ralado.
5. Leve ao forno alto préaquecido para gratinar.

Para o molho bechamel
O que usar:
- 3,5 litros leite integral (usado para cozinhar o bacalhau);
- 2 cebolas piquet*;
- 1 folha de louro (para a cebola piquet);
- cravos (para a cebola piquet);
- 100 g de manteiga sem sal;
- 100 g de farinha de trigo;
- noz moscada;
- sal;

Como fazer:
1. Para fazer a cebola piquet, tire a casca da cebola, faça um corte nela e coloque uma folha de louro dentro. Espete cravos na face externa da cebola.
2. Esquente o leite com a cebola até levantar fervura, tomando cuidado para não derramar. Quando levantar fervura, deixe cozinhar em fogo baixo por 20 minutos.
3. Aromatize com noz moscada. Escorra o leite e o mantenha quente.
4. Em uma panela, derreta a manteiga, acrescente a farinha em chuva e deixe cozinhar mexendo sem parar até o ponto de roux blanc, ou seja, apenas o suficiente para a farinha e a manteiga se misturarem.
5. Acrescente o leite aquecido ao roux, aos poucos, e mexendo sem parar, para não empelotar. Deixe cozinhar em fogo baixo, mexendo sem parar, até ganhar consistência.
* Receita da amiga - e estudante de gastronomia - Pato. Acima, o bacalhau antes de ir ao forno.

17 de abr. de 2011

Arroz de bacalhau

Preguiça de fazer bacalhoada nesta Páscoa? Eis a solução: arroz de bacalhau. Nesta receita, além de azeitonas pretas, o prato leva tomate seco. Ok, eu também não posso mais ver tomate seco na frente, mas ficou muito bom, de verdade. Se o bode do tomate seco for maior, no problem, elimine-o. Arroz, bacalhau e azeite se bastam.

O que usar:
Para 6 pessoas
- 2 xic. de arroz;
- 2 cebolas;
- azeite;
- salsinha;
- 100 g azeitonas pretas (opcional);
- 100 g tomate seco (opcional);
- 300 g de bacalhau desfiado;

Como fazer:
Prepare o arroz normalmente, com um pouco de azeite e cebola. Em outra panela, coloque azeite, cebola e refogue o bacalhau dessalgado. Junte os tomates secos picados, a azeitona preta e o arroz. Regue com bastante azeite, salpique salsinha e sirva em seguida. Simples e delícia. Podem anotar.

* Na foto, o arroz de bacalhau está bem acompanhado pelo vinho argentino Zuccardi, da uva tempranillo.

16 de abr. de 2011

Bolinho de bacalhau

Não é bolinho enganador, não, daqueles que mais parece bolinho de batata. Esse bolinho aí tem pedaços de bacalhau, é levinho, levinho, e uma ótima oportunidade de sentir o gosto do bacalhau sem gastar muito. Por ele, dá até para quebrar as regras e fazer fritura em casa.

O que usar:
Rende cerca de 20 bolinhos
- 600 g de bacalhau desfiado, dessalgado e cozido;
- 5 batatas grandes;
- salsinha;
- farinha de trigo para enfarinhar;

Como fazer:
Cozinhe as batatas na água com sal. Esprema e espere esfriar. Use a batata roxa ou a binji, que são mais secas. Normalmente, na massa do bolinho vai apenas bacalhau e batata. (Mas se a batata que você comprar estiver úmida, coloque um pouco de farinha de trigo para dar o ponto.) Junte a salsinha, faça os bolinhos e enfarinhe com farinha de trigo. Daí é só fritar e abrir um cerveja bem gelada. Hoje é sábado, não?

15 de abr. de 2011

Bacalhau à tia Eliana

Normalmente, é necessário começar a preparar o bacalhau com 2 dias de antecedência, para fazer aquele processo de dessalgá-lo e trocar a água, uma vez por dia. Mas reserve 3 dias se quiser preparar essa receita delícia da tia Eliana. É que depois de pronta, essa entrada tem de ficar um dia na geladeira, curtindo.

A tia Eliana é a vó da Maria, aquela que teve na sua festa uma Fabriqueta de Cupcakes, e essa receita é das mais simples. Para dar o gosto de Páscoa, mesmo para quem não quer investir tanto com o bacalhau.  

O que usar:
- bacalhau dessalgado e desfiado;
- cebola;
- alho;
- azeitona (verde ou preta);
- cheiro verde;
- muito azeite;

Como fazer:
Cozinheira que é cozinheira faz tudo de olho, certo? E essa receita não é tão complexa assim. Três dias antes, coloque o bacalhau em uma vasilha com água e, a vasilha, na geladeira. Uma vez por dia, troque a água para dessalgar o bacalhau.

Quando estiver na medida de sal, cozinhe o bacalhau levemente, sem que ele desmanche demais. Desligue o foto e junte uma cebola picada, bastante alho, azeitonas picadas e cheiro verde. Regue com bastante azeite e leve para a geladeira por um dia, para os temperos curtirem.

* A dica extra da tia Eliana é a seguinte: use a última água do bacalhau para cozinhar uma massa. Fica gostosinho...
** Dá para fazer a receita pós-Páscoa também, com eventuais sobras de bacalhau.

14 de abr. de 2011

Vocês querem bacalhau?!

Não consigo me imaginar comprando uma peça inteira de bacalhau, daquelas que o Chacrinha jogava no auditório. Dá medo, confesso. Mas quando você vê o bacalhau limpinho, embaladinho, bonitinho, ah, a insegurança até passa.

E a Páscoa bate à porta, estamos a uma semana de deixar o bacalhau de molho, minha gente! É por isso que, a partir de hoje, o Cantando de Gallo começa com uma programação temática. Serão 6 receitinhas com bacalhau para você testar na Páscoa: tem arroz de bacalhau, bacalhoada, entradinha e até bolinho. Tem também uma seleção de vinhos acessíveis feita pelo cunhado querido, Marcel, que continuará por aqui assinando a coluna mensal Adega M.

Mas, voltando ao bacalhau, acabei de chegar da Banca do Eli, a filial do Mercadão que eu tenho a sorte de ter em Tatuí. Na caixa ali do alto tem bacalhau porto imperial, que é o mais nobre deles, e o saite, aquele lascadinho do canto direito (R$ 29/kg). Se você quer se aventurar com o bacalhau do Chacrinha também pode ficar à vontade. A peça custa cerca de R$ 49/kg e o sabor é o mesmo das porções que já vêm embaladas.

Aqui pelas minhas bandas, o filé médio está custando cerca de R$ 69/kg; o filé grande, mais alto, R$ 79/kg. "Não dá muita diferença porque depois que você coloca o bacalhau de molho ele incha bastante - e rende!", disseram. O pacote mais nobre - e mais caro - é esse aqui de baixo, o miolo do lombo, a parte mais gorda do bacalhau, que sai por R$ 89/kg. E um quilo de bacalhau serve, na bacalhoada, seis pessoas.

Bom, vai fazendo as contas aí, amanhã eu volto com a primeira receita. Inté.
* O telefone da Banca do Eli é o (15) 3251-3535.

13 de abr. de 2011

Quibe assado

Sabe aqueles dias que você não tem tempo para nada, tem trabalho à beça, está acabada de gripe e resolve inventar? Ontem foi um desses. Dor de garganta, tosse, trabalho a dar com pau e uma vontade louca de comer quibe assado! Tudo culpa da Rosana, que me fez passar vontade há algumas semanas. Então lá fui eu, decidida, em 1 hora preparar o almoço. O tempo foi bem administrado, confesso, e o resultado é essa maravilha aí. Valeu bem a pena.

O que usar:
Para 6 pessoas
Para o quibe:
- 500 g de patinho moído;
- 1 xíc. de trigo para quibe;
- 1 cebola;
- 2 dentes de alho;
- 1 xíc. de folhas de hortelã;
- salsinha;
- pimenta do reino moída na hora;
- sal;
- 1 limão;
- azeite;
- manteiga;

Recheio:
- 500 g de patinho moído;
- 1 cebola picada;
- 1 col. (chá) de zátar;
- 1 col. (chá) de pimenta síria;
- 1 xíc. de nozes trituradas grosseiramente;
- azeite;
- sal;
- pimenta do reino;

Como fazer:
De acordo com as instruções da embalagem, lave o trigo em água corrente e depois deixe-o submerso por cerca de 15 minutos. Esprema o trigo com as mãos para tirar o excesso de água e deixe-o descansando por mais uns 15, 20 minutos. Reserve.
Comece a fazer o recheio enquanto o trigo descansa. Refogue a cebola no azeite e acrescente a carne moída. Refogue a carne e acrescente os temperos: sal, pimenta do reino, pimenta síria, zátar. Junte as nozes picadas e desligue. Reserve.
Triture a cebola, o alho, o hortelã e a salsinha no mixer e junte a mistura com a outra parte da carbe moída (crua) e o trigo escorrido. Tempere com sal, esprema o limão na mistura e regue com bastante azeite. Hora de montar o prato.

Montagem:
Em um refratário, coloque no fundo a mistura com o trigo, cerca de 1 centímetro. Coloque por cima o recheio da carne moída e cubra movamente com a mistura, sempre regando cada camada com azeite. Risque o quibe e enfeite com nozes inteiras e hortelã. Antes de levar ao forno, coloque pedacinhos de manteiga sem sal por cima, para umedecer ainda mais o quibe. 15 minutos no forno médio coberto com papel alumínio; mais 15 descoberto, para dourar, e pronto. Sirva com salada e limão.
* Nota mental: Precisava esbanjar e colocar tantas nozes em cima do coitado do quibe? 

12 de abr. de 2011

Mãe confusa

Filha, obedeça a mamãe.
Filha, por favor!
Filha, se você se sentar na cadeirinha a mamãe vai te dar uma surpresa!
Filha, senta! Daí nós vamos passear na casa do vovô!
Lorena, você vai pensar no banquinho se não me obedecer.
LORENA, senta agora na cadeirinha senão eu vou... colocar fralda em você!

11 de abr. de 2011

Salada Vó Carmela

É só o tempo esfriar um pouco para me dar uma preguiça de comer salada! Nessa hora eu deixo a rúcula de lado e escolho a salada da minha Vó Carmela, uma salada mais consistente. Bem simples, ela leva tomate, batata, vagem e o que mais estiver marcando na sua despensa. Basta cozinhar as batatas e a vagem -
com cuidado para elas não se desfazerem -, cortar os legumes grosseiramente e depois temperar com muito azeite, sal, vinagre e salsinha. Antes de servir, deixe a salada na geladeira por uns 30 minutinhos. Ela casa muito bem com uma carne assada. Na foto, a salada ainda com cenoura cozida e azeitonas chilenas.

9 de abr. de 2011

Onde está Wally?

Há algumas semanas eu fui estreitar uma amizade virtual, fazer bagunça em uma casa lindíssima... Logo, logo, esse encontro estará nas bancas. Por ora, quero ver quem adivinha Onde está Wally? e quem é a minha ex-amiga virtual. Façam suas apostas.

8 de abr. de 2011

Bisteca do Caipirinha, o clássico de Tatuí

Nem adianta chamá-lo pelo nome porque todo o mundo o conhece mesmo como Caipirinha. De segunda a sábado, das 11 às 15h30, é só passar pelo seu restaurante para encontrá-lo esperando os fregueses na porta. A Bisteca do Caipirinha é um dos clássicos de Tatuí e tem uma das comidas mais despretenciosas - e saborosas da região.
Segundo o próprio Caiprinha, ele aprendeu a fazer bisteca em um restaurante próximo ao mercado da cidade, há mais de 40 anos. Depois teve um bar, que vendeu para ficar de papo para o ar por um tempo. "Só ficava jogando e aproveitando a vida. Apadrinhei vários casamentos e crianças... Até que meu dinheiro acabou e fui morar em uma garagem", conta. Recomeçou como cozinheiro do Clube Princesa Isabel, em Tatuí, e depois abriu seu próprio negócio. No mesmo endereço está desde 1981. Hoje, a família toda trabalha junta e já recebeu ilustres clientes como Olivier Anquier, que até já gravou matéria com ele. A foto do Olivier, aliás, está em destaque: bem próximo ao fogão.
Cardápio não tem, mas não tem como ficar na dúvida. Quem chega ao Caipirinha já recebe a salada de tomate e cebola na mesa e escolhe entre bisteca de boi, porco ou frango. Não parece especial, mas vai lá provar a cebola da salada. É igual a de churrascarias bacanas de São Paulo, crocante e doce. O segredo, segundo o Caipirinha, é lavar bem a cebola já picada e a deixar descansando no freezer por cerca de quatro horas. O tempero mistura limão rosa e vinagre, além de azeite, sal e pimenta do reino.
As mesas são de fórmica e as cadeiras, daquelas de plástico antigas. No fogão azul e branco ficam dispostos o arroz e o feijão para todos se servirem à vontade. A bisteca acebolada é perfeita, mas eu fico com o feijão, um dos melhores que conheço... cremoso que só! Na hora da sobremesa, Capirinha vai de mesa em mesa oferencendo "a tentação", seu pudim de leite condensado. Para acompanhar toda a refeição, não esqueça de outro clássico de Tatuí: Tubaína Vieira. Isso que é banquete!
* O almoço na Bisteca do Caipirinha sai por cerca de R$ 15,00 por pessoa. E o telefone de lá é o (15) 3259-1557. De brinde, os clientes saem do restaurante cheirando levemente a bisteca. Mas, sério, você vai sair tão satisfeito e feliz com o "Vá com Deus" do Caipirinha que nem vai ligar.
** Caiprinha topou tirar a foto e até escolheu o lugar: "Próximo a Nossa Senhora".

7 de abr. de 2011

Digni o quê?

E quando sua filha, no auge dos seus 2 anos, decide se rebelar, que não vai mais se sentar na cadeirinha do carro. E aí você passa a ficar 20 minutos na frente de colégio tentando convencê-la que toda criança senta na cadeirinha, que a Laurinha senta na cadeirinha... E ela sai correndo e você tem de fingir que vai embora. Entra no carro, fecha a porta, liga o carro e dá uma rézinha, só para assustá-la. Me diz, nessa hora, onde fica a sua dignidade?

6 de abr. de 2011

Due Cuochi

São Paulo pode ser gigante, mas vai escolher um restaurante bacana para ir com uma criança de 2 anos... Aquele charmoso delícia de Higienópolis? Nem pensar! O italiano premiado que está na moda? Imagina! Só de pensar na Lorena correndo entre as mesas cheias de taças de cristal me dá arrepios! Por isso pensamos e repensamos no endereço para comemorar o aniversário da caçula lá de casa, a Fafá.
E acabamos por escolher um restaurante em shopping. Cafona? Não! Confesso que tinha maior preconceito pelo Shopping Cidade Jardim por esse negócio de ser "novo templo de luxo", "ter a filial da Daslu", Xanéus, Gutis e afins. Mas um dia decidi ir conhecê-lo e adorei. Ele tem tudo isso, mas tem Lanchonete da Cidade, tem Hering (adoro!), Zara (!) e um jardim lindo no meio de tudo isso. E, no terraço, tem o Due Cuochi, restaurante premiadíssimo.
O restaurante é todo envidraçado, parte para o terraço do shopping, que tem ampla área para pega-pega e pique-esconde - e uma jaboticabeira linda-, e parte para a marginal. Uns podem torcer o nariz, mas acho demais ter horizonte em São Paulo, ainda que seja com vista para um rio poluído. O restaurante estava lotado, com muitos carrinhos, crianças, famílias (e suas babás).
O Due Cuochi tem aqueles cardápios difíceis, amplos, com muitas opções de massas, carnes e alguns pescados. De entrada, metade da mesa optou pela poletinha cremosa com ragu de cogumelos e gorgonzola. Zero arrependimento. Outro prato que fez sucesso foi o ravioloni de gema de ovo caipira na manteiga e sálvia perfumado com azeite de tartufo branco. Ao cortar, a gema escorria pelo prato, para delírio do marido-lagarto.
Entre as 8 diferentes pedidas de pratos principais, oito aprovações. A aniversariante adorou o nhoque de mandioquinha com tiras de filé mignon e cogumelos paris e o marido dela, o stinco de vitelo com purê de batatas e trufas negras, aquele da foto ali no alto.
Mas o que achei mais bacana é que, além dos clássicos, há pratos com misturas diferentes, o que eu adoro. O meu ravióli era de camarões e chutney de manga com tinta de lula. Sou palpiteira, então diria que poderia ter mais chutney no recheio, pois adoro misturas agridoces. Tanto que, da próxima vez, vou pedir outro ravióli, o recheado com maçã e shimeji ao molho de gorgonzola doce que a Mari pediu. Leve e divino.
Para finalizar, petit gateau de limão siciliano com sorvete de baunilha e souflé de chocolate delícia. Mega bom.
Com tantos prêmios e pela localização, é claro que o Due Cuochi não é um restaurante barato. Entradas de R$ 24 a R$ 38 e pratos a partir de R$ 40. Comida excepcional, mas esperava muito mais do serviço. Pelo menos no dia que fomos era preciso se esforçar um pouco para ser atendida pelos garçons. Disseram que não tinham sucos, por um problema na cozinha. Mas, em seguida, surgiram sucos na mesa próxima. Eu super recomendo, mas acho que um restaurante desse naipe tem de ter atendimento impecável. E não estou falando de bajulação, mas de competência e agilidade.

* A matriz do restaurante é bem pequena e fica no Itaim-Bibi, na Manoel Guedes, 93.

5 de abr. de 2011

Cupcake de lembrancinha

Na festa colorida da Maria as crianças prepararam seus cupcakes e, depois, levaram o bolinho para casa nesse potinho especial, que a Ká comprou na 25 de Março. Vi esses dias o mesmo potinho em algum editorial de moda, por 7 pila. H-e-l-l-o! A Ká não se lembra em qual loja ela comprou - Camicado Festa, Matsumoto, Armarinho Universal... -, mas disse que pagou R$ 2, R$ 3 reais em cada. E quem comprava 1 dúzia ainda tinha desconto. Bora fuçar na 25!

* Não que eu seja mãe-coruja, mas o bolinho da Lolinha, esse da foto aí, foi o mais lindo de todos...

4 de abr. de 2011

Fabriqueta de cupcakes

Para o aniversário de 1 ano da Maria, a minha amiga Kamila decidiu fazer uma festa colorida, sem tema. Na 25 de Março, comprou enfeites coloridos de papel, daqueles de antigamente, além de guardanapos, pratinhos e tudo mais. Enfeitou a mesa com eles e também com brigadeiro em mini-xícaras. Super fofo. Mas a grande sacada foi criar uma bela distração para as crianças, uma fabriqueta de cupcakes.
Em uma mesinha, a Ká montou um kit cupcake. Assou os bolinhos previamente, claro. E deixou confeitos e bisnagas de brigadeiro e brigadeiro branco para a turminha se esbaldar. Comprou ainda etiquetas e um potinho para cada um levar seu bolinho para casa como lembrancinha.
A aniversariante não aproveitou, mas a turma a partir de 2 anos passou um bom tempo brincando. Lorena aprendeu com a Amanda como se usava a bisnaga de brigadeiro e ficou super concentrada fazendo seu cupcake.
Para parar de sair o brigadeiro da bisnaga, Amandinha criou a técnica do dedinho.
Todos bolinhos ficaram lindos, né Laurinha? Se cuida, tia Fófis!